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Rádio Costa Oeste
Neste ano, em um período de apenas 10 dias, dois detentos morreram na cadeia pública de Guaíra. Vieram a óbito José Felipe da Silva Santos, morto no dia 31 de março e Robinson Ferreira dos Santos no dia 10 de abril.
O Delegado da Policia Civil de Guaíra, Dr. Deoclécio Detros, disse que a causa das mortes estão sendo investigadas. Segundo ele, além da disputa entre as facções criminosas, os dois principais fatores que contribuem para a insegurança nas cadeias e presídios no Estado, é a super lotação e a falta de agentes para fazer a segurança dos presos. Hoje a cadeia publica de Guaíra tem 197 detentos, com capacidade para receber 64.
Segundo o estudo feito pelo Conselho da Comunidade de Curitiba, e confirmado junto à Sesp (Secretaria de Segurança Pública),
de 2014 até o fim do 1º semestre de 2017, houve 44 suicídios ou homicídios em presídios ou delegacias do Estado, média de um por mês.
Sobre a população carcerária, dados do levantamento nacional de informações penitenciárias (Infopen), divulgados no inicio deste ano, mostram que o estado tinha 51,7 mil detentos em junho de 2016.
À época, o país tinha 726,7 mil presos encarcerados.
O levantamento aponta que o Paraná segue como o estado com o maior número de presos em delegacias. Em junho de 2016, eram 9.826 detentos nesses locais. Do total de detentos em delegacias, 596 eram mulheres, segundo o Infopen.
Os dados do estudo mostram que o Estado é o sétimo no país em relação a taxa de aprisionamento. Em 2016, havia 459,9 pessoas presas para cada grupo de 100 mil habitantes em todo o estado.
O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) informou que está em contato com o Depen nacional para que seja feito um ajuste nos dados. A alegação do órgão estadual é de que o Paraná tem 30 mil presos – outros 21 mil cumprem medidas alternativas, segundo o Depen-PR.
O órgão também afirmou que o Estado pretende ampliar em 7 mil o número de vagas no sistema penitenciário até o fim de 2018. Outra medida que o governo deve adotar é a ampliação da aplicação de medidas alternativas, como as tornozeleiras eletrônicas.
Fonte: Enio Manoel com inf. G1