A Justiça inocentou nesta segunda-feira (29) a mãe acusada de matar a própria filha, de seis anos, em um ritual de magia negra em Cascavel, no oeste do Paraná. O crime ocorreu em junho de 2014.
Em primeira instância, a Justiça decidiu que a mulher iria a júri popular. A defesa, no entanto, entrou com recurso e apresentou exame que provava que a acusada tinha esquizofrenia. A Justiça, desta vez, acatou e a inocentou.
?? polícia, a acusada disse que batia na menina por ordem de uma amiga, que ainda aguarda julgamento - a investigação apontou que a vítima sofria agressões há pelo menos um ano antes da morte. Antes do crime, a menina teria passado a noite trancada no porta-malas de um carro.
Entenda o caso
Em fevereiro, Jeferson Ramalho, pai da criança, registrou um Boletim de Ocorrência (B.O) sobre o desaparecimento da menina e da ex-mulher. "Os policiais foram atrás, mas constataram que elas não estavam desaparecidas e sim que tinham mudado de endereço", disse Santana.
No dia 24 de julho o delegado informou que recebeu a informação de que a criança pudesse ter sido sequestrada. Logo após a denúncia, a polícia deu início à novas buscas pela mãe da menina e a amiga dela, que foram localizadas no dia 29 de julho. "A mãe estava em um sítio, no distrito de São João e a amiga dela em um bairro da cidade", disse Edgar.
A dupla foi levada para a delegacia de Cascavel e conforme a polícia, durante depoimento, a mãe da menina confessou ter feito um ritual com a menor para purifícá-la. "Segundo o relato da mãe, a criança estava com 'algo ruim' e para purificá-la a menina teria que dormir no porta-malas do carro. Horas depois, quando retirou a criança, já sem vida, a mãe disse acreditar que a menina ressuscitaria. Dois dias depois, ao perceber que a criança estava mesmo morta, a mãe e a amiga resolveram enterrá-la", afirmou.
O corpo da criança foi encontrado também no dia 29, enterrado em uma área rural, em Santa Tereza do Oeste, cidade vizinha. Conforme a polícia, a mãe confessou o crime e indicou onde o corpo havia sido deixado. Já a amiga negou participação na morte.
Em depoimento, a mãe confessou que matou a criança e disse que batia na criança há um ano, por causa de um plano espiritual que ela precisava cumprir para melhorar de vida e que a amiga mandava ela bater na filha para o plano espiritual dar certo.
Fonte: G1