Faltando apenas 5% para concluir a colheita de soja na região Oeste, a expectativa não é favorável para os produtores. Com a chuvarada das últimas semanas, tem enfrentado prejuízos com a chuvarada.
O produtor Anderson Macula, quando planejou a safra de soja, não esperava estar em pleno mês de março com as máquinas ainda colhendo. A ideia era que o grão já estivesse todo armazenado e a dedicação fosse a outras culturas, mas o tempo não ajudou e o que é necessário veio em excesso.
A chuva, em volume maior que o espera veio por conta do fenômeno El Niño. As precipitações chegaram em diferentes etapas da planta, prejudicando desde a formação até a colheita. Quando precisava fazer as aplicações de fungicidas, o agricultor não pôde, e o resultado foi a perda da qualidade do produto.
O reflexo tem sido percebido no peso do grão. A soja está mais leve, o que não é nada bom.
Mesmo com uma parte ainda esperando para ser colhida, já é possível constatar que haverá uma queda de 7% da produção que havia sido prevista no início da safra. A previsão era de mais de 2 milhões de toneladas de soja, porém a realidade deve ser de um pouco mais de 1,9 milhão de tonelada. Por hectare, a média ficou em 3771 quilos.
Agora, com o calendário da soja um pouco atrasado, a preocupação de volta para a safrinha, que pode sofrer com o frio lá na frente.
Para o produtor, que perdeu 20% do lucro, a esperança é que as próximas safras, a chuva passe de vilã para mocinha.
Fonte: Jornal da Catve 2ª Edição