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Distribuição de gás de cozinha deve demorar 15 dias para normalizar

Ao contrário dos combustíveis, por exemplo, no caso do gás, os botijões vazios ainda precisam voltar para as refinarias para serem enchidos novamente

  • 04/06/2018
  • Foto(s): Catve
  • Região
Distribuição de gás de cozinha deve demorar 15 dias para normalizar

A greve dos caminhoneiros, que durou 10 dias e terminou na última quarta-feira (30), ainda gera reflexos ao comércio e, consequentemente, à população. Enquanto os combustíveis tiveram o estoque normalizado, alguns produtos, em especial, alimentos perecíveis, ainda estão em falta.

Outro exemplo é o gás de cozinha, que ainda deverá demorar duas semanas para ter a distribuição normalizada. Além da greve, o receio de uma nova paralisação fez com que a população procurasse as revendas na tentativa de fazer estoque.

"As revendas não estão conseguindo atender a demanda, primeiramente, por conta da greve. Passado isso, a produção nas refinarias não está conseguindo suprir a procura. Ainda temos o frio como outro agravante, que faz o consumo aumentar nessa época", comenta Hércules Braz, revendedor e coordenador do Núcleo das Revendas de Gás da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic).

Outro fator que impacta na distribuição do GLP (gás liquefeito de petróleo) é a logística. Ao contrário dos combustíveis, por exemplo, no caso do gás, os botijões vazios ainda precisam voltar para as refinarias para serem enchidos novamente.

Hércules explica ainda que, além de Cascavel, a situação se repete em outras cidades do Oeste e Sudoeste, já que a cidade concentra filiais das principais companhias, sendo polo de distribuição de gás para estas regiões.

Para atender um maior número de pessoas, as revendas têm limitado a venda de um botijão por cliente, já que a demanda cresceu muito nos últimos dias. "Há clientes que têm dois ou três botijões e agora quer fazer estoque. Mas para garantir que não falte gás, as revendas estão fazendo essa limitação", relata.

A mesma medida tem sido adotada pelas distribuidoras, que limitaram o número de botijões para as revendas, na tentativa de abranger um número maior de estabelecimentos.

Hércules afirma que estes fatores podem impactar no preço do gás. "Agora, o revendedor precisa se deslocar quatro vezes até a companhia para adquirir a mesma quantidade de botijões. Isso pode impactar em até R$ 2 ou R$ 3", afirma Hércules, alertando aos consumidores para os aumentos abusivos que ocorreram durante a greve.

Segundo o coordenador, em Cascavel, o gás de cozinha tem sido comercializado, em média, entre R$ 80 e R$ 85.

Fonte: Catve