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Itaipu e UNFPA se unem na prevenção da gravidez na adolescência

No futuro, experiência poderá ser replicada em outras cidades e países

  • 15/06/2018
  • Foto(s): Assessoria
  • Região
Itaipu e UNFPA se unem na prevenção da gravidez na adolescência

A Itaipu Binacional e o UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas) apresentaram nesta sexta-feira (15), aos prefeitos do Oeste do Paraná, o projeto "Prevenção e redução da gravidez não intencional na adolescência", desenvolvido pela empresa e a agência da ONU (Organização das Nações Unidas).

Segundo Jaime Nadal, representante do UNFPA no Brasil, a iniciativa é uma oportunidade para os municípios paranaenses se tornarem referência na abordagem do assunto. 

"As ações que pretendemos pôr em prática poderão trazer um impacto importante ao desenvolvimento da região Oeste do Paraná. No futuro, essa experiência de sucesso poderá ser replicada em outros locais, inclusive outros países", disse Nadal. 

A Itaipu Binacional vai apoiar a iniciativa por meio do Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde. "É bom saber que podemos contar com a parceria dos municípios para executar esse tipo de projeto, que envolve não apenas questões de saúde, mas também sociais, de educação e até mesmo de consciência das pessoas", comentou o diretor-geral brasileiro da usina, Marcos Stamm.

O objetivo é levar informações de qualidade e apropriadas para que adolescentes possam tomar decisões voluntárias, informadas e responsáveis sobre sua saúde, seu futuro e evitar gestações não planejadas.

A ação conjunta envolve serviços, estratégias de comunicação, produção e análise de dados que permitam desenvolver políticas públicas voltadas para adolescentes e jovens, em especial na prevenção da gravidez não intencional.

EM BUSCA DE AUTONOMIA
No Brasil, apenas em 2016 nasceram 24 mil bebês de meninas de até 14 anos e 477 mil filhos de mães com idade entre 15 e 19 anos. Quando olhamos mais de perto este grupo, identificamos algumas características comuns.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de cada dez meninas de 15 a 19 anos grávidas ou com filhos, sete são negras e seis não trabalham nem estudam.

O propósito da ação é contribuir para que jovens, além de exercerem seus direitos sexuais e reprodutivos com segurança, possam conquistar habilidades de vida e competências para o desenvolvimento de seus plenos potenciais.

"Mães adolescentes acabam muitas vezes exercendo menos direitos básicos, como educação, saúde, lazer e trabalho. Quando adultas, acabam com mais dificuldade para entrar no mercado de trabalho remunerado e conseguir autonomia", disse Jaime Nadal. "Com esta parceria, queremos que ter filhos seja um escolha consciente e informada, e que tanto meninos quanto meninas tenham acesso ao planejamento de seu futuro, com igualdade de oportunidades", concluiu.

Fonte: Assessoria