A estratégia usada por compristas para burlar a fiscalização entre o fim da década de 1990 e o início dos anos 2000 voltou a chamar a atenção dos agentes.

Nos cinco primeiros meses do ano, 60 ônibus foram apreendidos, contra 23 no mesmo período de 2017.

“Estamos conscientes de que isto pode ocorrer e estamos nos preparando para combater”, comentou o auditor fiscal Sandro Hüntner.

Nos antigos comboios, dezenas de ônibus formavam longas filas ao longo da BR-277, próximo aos postos de fiscalização entre Foz do Iguaçu e Medianeira. Sem condições operacionais de todos serem vistoriados, muitos eram liberados para seguir viagem.

Com a apreensão dos veículos e uma repressão maior empregada a partir de 2005, as quadrilhas passaram a atuar de outras formas, fazendo o transporte das mercadorias em carros de baixo valor e, mais recentemente, em automóveis de luxo.

As ações constantes e o andamento da nova fase da Operação Muralha, deflagrada em maio, indicou que o transporte de contrabando em veículos de passageiros tem sido a aposta de algumas quadrilhas.

Quando flagrados com mercadorias contrabandeadas, os ônibus são retidos, lacrados e encaminhados ao pátio da Receita Federal, onde passam por uma vistoria minuciosa.

O procedimento é agendado e pode ser acompanhado pelos passageiros e donos dos veículos, que podem reaver as mercadorias, desde que não sejam proibidas e tenham sido declaradas.