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Rádio Costa Oeste
O inverno inicia amanhã dia 21 de junho, às 07h07, porém o frio já vem sendo registrado durante algumas semanas na costa oeste paranaense. E nem por isso os cuidados para evitar a criação do Aedes aegypti devem ser deixados de lado.
O ciclo do aedes continua o mesmo. No entanto, no frio ele demora um período maior para sair da larva e virar o mosquito, conforme lembra Gilmar Mueller, direitor de departamento de Vigilância em Saúde. Ele ainda ressalta que por esse motivo os cuidados não podem parar. ÁUDIO 01
Ani Kaul, supervisora de endemias, ressalta que este trabalho de combate não é só por parte dos setores de saúde dos municípios, mas também da população. Ela chama atenção para os suportes atrás das geladeiras, onde há água quente e um ambiente propício para o desenvolvimento do aedes. ÁUDIO 02
O último boletim epidemiológico revela que, apesar do frio, os casos de dengue continuam sendo registrados no oeste do Paraná.
Desde o início do atual período epidemiológico, em 1º de agosto do ano passado, até o início desta semana já haviam sido confirmados 300 casos de dengue nas três Regionais de Saúde da região. O número é 52% superior ao total de registros do ciclo epidemiológico passado inteiro, de 1º de agosto de 2016 a 31 de julho de 2017, quando as mesmas regionais haviam contabilizado 197 casos.
Outra informação de destaque é que no atual período já houve duas mortes em decorrência da doença no Paraná, ambas em Foz do Iguaçu.
Também é nesta regional, a 9ª, onde está o maior número de casos de dengue no oeste no ciclo em curso. Por lá foram 163 confirmações, enquanto na 10ª Regional da Saúde de Cascavel são 81 e, na 20ª Regional de Toledo, 56.
No ciclo passado a regional no oeste com maior concentração de casos de dengue era a de Cascavel, com 78 registros, seguida por Foz do Iguaçu com 59, e a de Toledo, com 60.
No atual período, o oeste responde por 34% de todos os registros de dengue do Estado, onde foram 877 diagnósticos positivos. No ciclo passado o Paraná registrou 870 casos.
Os registros suspeitos também chamam a atenção. Em todo o Paraná mais de 20 mil notificações suspeitas foram emitidas nesse período, 21% delas no oeste, onde são quase 4,2 mil notificações, boa parte ainda à espera dos resultados dos exames laboratoriais para confirmar ou descartar a doença.
Apesar do frio, o mapa do Estado revela risco de infestação de mosquito Aedes aegypti em cinco municípios. Em três deles, nos municípios de Palotina, Guaíra e Santa Helena, o risco é considerado baixo, em dois, em Foz do Iguaçu e São Miguel do Iguaçu, o risco é considerado médio.
Fonte: Geovani Canabarro com inf. jornal O Paraná