Nesta terça-feira (8) ocorre nova etapa da disputa pelas candidaturas presidenciais nos EUA. Haverá prévias em quatro estados: Michigan, Mississippi, Idaho e Havaí. Nos dois primeiros, tanto o partido Republicano quanto o Democrata elegem delegados. Já em Idaho e no Havaí haverá votação apenas dos republicanos ??? no segundo caso, na forma de caucus (assembleia comunitária).
A principal disputa dessa etapa das primárias acontece no estado de Michigan, onde serão eleitos 147 delegados democratas e 59 republicanos. Prova da importância conferida à votação nesse estado é que os dois últimos debates dos partidos foram realizados ali: o republicano, na quinta-feira, em Detroit; e o democrata, no domingo, em Flint.
Além disso, na segunda-feira (6) o estado recebeu campanhas de Hillary Clinton e de seu rival democrata Bernie Sanders, assim como do governador de Ohio, John Kasich -- último na disputa entre os republicanos, da qual participam também Donald Trump, Ted Cruz e Marco Rubio.
Mississippi elegerá 41 delegados democratas e 40 republicanos. Em Idaho serão 32 delegados e no Havaí, 19 -- nos dois casos, apenas republicanos.
Pesquisas
Trump e Hillary Clinton, que se consolidaram como favoritos na "Superterça", na semana passada, têm uma vantagem de 13 pontos cada sobre os rivais em Michigan, segundo a mais recente pesquisa elaborada pela Universidade de Monmouth (Nova Jersey) e divulgada na segunda-feira (7), citada pela agência EFE.
O magnata lidera todas as pesquisas feitas em Michigan com uma média de 18%, enquanto a ex-secretária de Estado também aparece na frente com uma média de 20%, segundo as estatísticas do site Real Clear Politics.
A pesquisa da Universidade de Monmouth representa uma nova má notícia para a campanha do senador da Flórida Marco Rubio, a aposta do partido Republicano para evitar a indicação de Trump. O político de origem cubana aparece na última posição na disputa, com 13%, atrás do senador pelo Texas Ted Cruz (23%) e de Kasich (21%).
Rubio, que não conseguiria nem o mínimo de 15% necessário para obter delegados nessas primárias, somaria uma nova derrota em um estado onde há concentrações de voto mais favoráveis: altamente instruído e com grande poder aquisitivo.
A liderança de Trump em Michigan representa uma ameaça para os democratas nas eleições de novembro. Se o magnata confirmar o bom desempenho, como indicam as pesquisas, pode colocar em jogo estados tradicionalmente democratas como Michigan, Wisconsin, Illinois e Pensilvânia.
O domínio de Hillary se explica em grande parte pelo enorme apoio da população negra em todo o país, que garantiu vitórias no sul dos Estados Unidos e que é forte também em Michigan. Quem espera surpreender é Kasich, governador de Ohio, que está subindo nas últimas pesquisas no estado.
A pesquisa da Universidade de Monmouth, elaborada entre os dias 3 e 6 de março, tem uma margem de erro de 4,9% para os republicanos e de 5,6% para os democratas.
Fonte: G1