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Empresas ainda contabilizam prejuízos da greve e buscam recuperação

As principais cooperativas e frigoríficos da microrregião receberam a reportagem do Costa Oeste News para uma avaliação do período

  • 26/06/2018
  • Foto(s): Ilustrativa
  • Região
Empresas ainda contabilizam prejuízos da greve e buscam recuperação

O movimento dos caminhoneiros, que durou 11 dias em maio, causou transtornos em diversas áreas, especialmente no agronegócio.

Cooperativas e frigoríficos suspenderam as atividades, o que gerou prejuízos enormes.

Na microrregião Oeste, as principais empresas do setor receberam a reportagem do Costa Oeste News para uma avaliação do período e de que maneira estão tentando reparar os danos.

O frigorífico Friella, que atualmente emprega 1.400 funcionários nas unidades de São Miguel do Iguaçu, Medianeira e Itaipulândia, teve prejuízo de R$ 7 milhões, levando-se em conta apenas o abate de suínos, de acordo com o sócio-proprietário, Egídio Valiati. A produção de embutidos também foi suspensa, obrigando a empresa a liberar os colaboradores por uma semana. Na busca por normalizar o abastecimento, após a greve, a opção foi trabalhar aos sábados. Ainda segundo Valiati, o prejuízo dos dias sem expediente, é irrecuperável. Negociações com fornecedores para prorrogação de prazos foram necessárias.

Na entrevista, Egídio Valiati afirma que a empresa foi favorável inicialmente a causa dos caminhoneiros, porém, em sua avaliação, o que se ganhou com a greve foi muito pouco comparado ao caos que se instalou no Brasil, e agora, quem paga a conta é, mais uma vez, o consumidor, pois a maioria dos produtos ficou mais cara nas prateleiras.

EGÍDIO VALIATI

A Frimesa, com sede em Medianeira, acelerou a produção para reabastecer o mercado, porém, de acordo com seu diretor, Elias José Zydek, os preços dos produtos inflacionaram pela alta demanda e escassez de alguns itens de matéria-prima. Zydek considera a ocasião como precária e a recuperação dos prejuízos deve levar o restante do ano.

ZYDEK

Na Lar Cooperativa Agroindustrial, a situação também ficou complicada, como destaca o diretor presidente, Irineo da Costa Rodrigues. Além de falta de alimento aos animais, que chegaram a praticar canibalismo, os danos financeiros foram altíssimos, e não serão repostos neste ano. A produção não foi totalmente normalizada nas unidades Lar, o que deve ocorrer em breve. A Cooperativa precisou renegociar prazos de pagamentos com fornecedores, conforme Rodrigues.

IRINEO RODRIGUES

Fonte: Kelly Cristina