Uma mulher de 26 anos e mãe adotiva de três meninos, que na semana passada tornou-se a primeira a passar por um transplante de útero nos Estados Unidos, foi apresentada nesta segunda-feira (7) à imprensa.
A mulher, identificada apenas pelo primeiro nome, Lindsey, nasceu com uma condição conhecida como fator de infertilidade uterina, o que significa que não é possível utilizar o útero, ou que ele não funciona corretamente, inviabilizando a gravidez.
Este transtorno afeta entre três e cinco por centro das mulheres em todo o mundo, e cerca de 50 mil mulheres nos Estados Unidos.
No caso de Lindsey, ela contou que foi informada que não poderia ter filhos quando tinha 16 anos. "E a partir deste momento rezei para que Deus me desse a oportunidade de experimentar a gravidez e aqui estamos hoje no início dessa viagem", disse a mulher em coletiva de imprensa.
Em 26 de fevereiro, a mulher recebeu um útero de uma doadora de 30 anos que havia dado à luz previamente e morreu de forma repentina, informaram os médicos da Clínica de Cleveland, em Ohio (nordeste). A cirurgia levou nove horas.
Lindsey, que se reuniu com a imprensa dez dias após a operação e falou sentada numa cadeira de rodas, expressou uma "imensa gratidão pela família da doadora".
"Eles me deram um presente que nunca serei capaz de pagar e estou imensamente agradecida".
Caso de sucesso na Suécia
Em 2014, em um feito inédito da medicina, uma mulher da Suécia deu à luz depois de receber um transplante de útero.
A mãe, de 36 anos, recebeu o útero de uma amiga próxima de sua família no ano passado. Seu bebê, um menino, nasceu prematuro, mas saudável.
Na Turquia, houve um caso de uma paciente que, depois do transplante de útero, ficou grávida, mas acabou perdendo o bebê.
Fonte: G1