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Rádio Costa Oeste
A história se repete em Matelândia. Moradores e comerciantes terão que destruir casas e prédios que, segundo a concessionária da rodovia, estão dentro da faixa de domínio do DER. Em 2006, a concessionária ajuizou uma ação exigindo a liberação da área de 40 metros de cada lado.
As construções estão dentro de uma área de 30 metros. Todas são registradas e tiveram alvará de construção na época, inclusive respeitando o anexo nono do contrato de concessão que previa uma área de domínio de 30 metros de cada lado da estrada entre Cascavel e Santa Terezinha de Itaipu.
O caso do seu Belarmino Bozio é o mais adiantado. A justiça deu 60 dias para ele demolir 10 metros do prédio que ele construiu depois de 40 anos de trabalho, sob pena de multa de R$ 100 por dia. O arquiteto Remi Klumb, vizinho do seu Belarmino, também está brigando na justiça para evitar a demolição do prédio dele. Com mais de 50 anos de trabalho, a dona Maria Bonatto construiu uma casa ao lado do marido. É o único patrimônio do casal que pode ir pro chão dentro de pouco tempo.
O problema também foi estendido ao distrito de Agrocafeira. O comerciante Andrei Prehl, recebeu a propriedade do pai comprada antes mesmo da rodovia ser asfaltada e agora terá que demolir o comercio montado no local.
O problema dos moradores e comerciantes chamou a atenção de representantes do município. Prefeitura e Câmara se uniram para tentar buscar um acordo com a concessionária, mas está difícil mudar a decisão. Os advogados de todos os envolvidos estão recorrendo da decisão da justiça, menos do caso do seu Belarmino que já teve a sentença decretada. Para o filho dele, que é advogado, faltou bom senso das autoridades e dos diretores da concessionária.
Fonte: Catve