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Rádio Costa Oeste
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial de Proteção ao Patrimônio Público (Gepatria) de Guarapuava (Centro-Sul paranaense), em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deflagraram na manhã desta terça-feira (24) a Operação Container.
Policiais militares deram apoio à ação que apura a prática de crimes de cartel, fraude a licitação, corrupção ativa e passiva e crimes contra o meio ambiente no âmbito de licitações municipais para contratação do serviço de destinação de resíduos sólidos.
As equipes do Ministério Público do Paraná, do Cade e da PM cumprem seis mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão provisória e 36 mandados de busca e apreensão. As buscas foram realizadas em escritórios do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em Curitiba e em Francisco Beltrão e empresas e residências de Araucária, Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Nova Esperança do Sudoeste, Dois Vizinhos, Enéas Marques, Salto do Lontra, Cafelândia e Umuarama. Dois dos mandados de prisão dirigem-se a técnicos do IAP (um em Curitiba, outro em Francisco Beltrão).
Segundo o chefe regional do IAP de Umuarama, Antonio Comparsi de Melo, o escritório Regional de Umuarama cedeu documentações ao Ministério Público referentes a uma empresa investigada. “O IAP de Umuarama não é alvo de investigações do Gaeco, nós concedemos algumas documentações solicitadas pelo Ministério Público, a respeito de uma empresa que faz parte de outro escritório regional do Instituto”, relatou Melo, mas não informou quais teriam sido os documentos repassados à promotoria.
Cartel
De acordo com as investigações do MPPR – envolvendo fatos ocorridos a partir de 2014 –, dois grupos empresariais com sede na região Sudoeste organizaram-se para fixar artificialmente o preço máximo das licitações de resíduos sólidos e regionalizar o mercado por municípios, o que caracteriza a prática do crime de cartel.
Nota oficial do IAP
Em nota, o IAP informou que recebeu os investigadores do Gaeco durante as buscas e que foram apreendidos processos de licenciamento originários nos escritórios regionais de Umuarama, Francisco Beltrão e Curitiba para transporte de resíduos sólidos.
"O IAP reforça que está a disposição dos investigadores e colabora com todas as informações necessárias. O instituto abrirá processo administrativo para apurar qualquer desvio de conduta de seus servidores e tomar devidas providências cabíveis", diz trecho da nota.
Fonte: MP-PR e Gazeta do Povo