Ouça ao vivo
Rádio Costa Oeste 106,5 FM

106,5 FM

Rádio Costa Oeste

Rádio Independência 92,7 FM

92,7 FM

Rádio Independência

Rádio Cultura 820 AM

820 AM

Rádio Cultura

Rádio Terra das Águas 93,3 FM

93,3 FM

Rádio Terra das Águas

Rádio Guaíra 89,7 FM

89,7 FM

Rádio Guaíra

Proibição do glifosato pode inviabilizar safra de soja e milho, diz Maggi

Proibição do glifosato pode inviabilizar safra de soja e milho, diz Maggi

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse hoje (28) que, se a proibição do uso do glifosato for mantida, as safras de milho e soja podem ser inviabilizadas. “Nós não temos um produto que substitua o glifosato nesta safra, neste período. Fica muito difícil levar adiante já que o Brasil planta 95% da sua área de soja e milho com plantio direto e o glifosato é a base desse processo. Não tê-lo significa não conseguir colher. Um prejuízo bastante grande”, disse após participar de um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Segundo o ministro, os produtores não estão preparados para uma interdição ao herbicida. “O glifosato é a base para a dessecação e o plantio direto. Nós não temos mais nas fazendas grades, arados, esses instrumentos mecânicos para preparar o solo. Tudo é na base química. Não usá-lo significa não ter a possibilidade de plantar”, acrescentou.

Possível cancerígeno

Conhecido comercialmente como Roundup, o glifosato é um herbicida usado contra ervas daninhas indesejadas em produções agrícolas. No último dia 7, a juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara da Justiça Federal em Brasília, determinou a suspensão de registro de todos os produtos que utilizam tiram, abamectina e glifosato.

Em liminar, a magistrada disse que as substâncias não devem ser usadas ou comercializadas até que se feita uma reavaliação toxicológica das substâncias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A juíza ressalta que o glifosato é apontado como possível cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva.

Na última sexta-feira (24), a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com recurso contra a liminar que suspendeu o uso do glifosato. Maggi disse que espera uma decisão favorável ao recurso.

O ministro destacou ainda que o produto tem se mostrado confiável. “Difícil aparecer um produto tão seguro quanto o glifosato. Ele é biodegradável, está há muitos anos no mercado. É bastante barato”, defendeu.

No entanto, Maggi disse que, caso seja provado que a substância traz riscos à saúde, os produtores precisarão se adaptar. “Se houver uma comprovação de que ele efetivamente mal para a saúde, claro que nós não devemos usá-lo. Mas temos que ter um prazo para que a indústria química coloque algum produto para substituí-lo.”

Fonte: Agência Brasil