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Alta do dólar prejudica compras no Paraguai

De acordo com os comerciantes, a redução no faturamento é de 50%

  • 30/08/2018
  • Foto(s): Ilustrativa/Portal da Cidade Cruzeiro do Oeste
  • Região
Alta do dólar prejudica compras no Paraguai

O comércio das cidades de fronteira no Paraguai estão sofrendo forte impacto negativo devido à alta do dólar em relação ao real. O fluxo de turistas é cada vez menor e, consequentemente, as vendas caem para níveis preocupantes.


A vantagem do preço comparativo foi reduzida desde meados deste mês, quando a mudança ultrapassou a barreira de R$ 4 o dólar. Atualmente a cotação no País vizinho está em torno de R$ 4,25 e tende a aumentar.


O empresário Tito Rojas, proprietário do Shopping Queen Anne, em Salto Del Guairá, aponta que a queda da moeda brasileira está diretamente relacionada ao cenário eleitoral.(áudio Tito abaixo)


De acordo com os comerciantes locais, ainda não é notada uma redução drástica no número de pessoas que vão as compras. No entanto, segundo eles, no momento de pagar as contas, é que se observa uma redução de faturamento de até 50%.


Isso porque quase a mesma quantidade de pessoas passam pelos caixas, mas ao contrário de um ano atrás, agora eles não compram 50% do que compravam antes.


Segundo especialistas do setor, a economia brasileira deve superar muitas coisas para voltar ao ritmo normal das compras no Paraguai. Entre os fatores que mais preocupam os comerciantes paraguaios, está o perigo em trânsito, o controle das fronteiras, o medo de assalto, mas, nada disso tem mais repercussão negativa quanto a alta do dólar.


Intervenções
As últimas intervenções de agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e de promotores antidrogas em Assunção, provocaram alguns efeitos negativos no movimento comercial de Salto Del Guairá. O comércio irregular que era praticado pelo rio Paraná, transferindo todos os tipos de mercadorias para o lado brasileiro, sendo o cigarro o maior volume direta e indiretamente, envolveu cerca de 300 pessoas.


Atualmente, mais de 100 barcos estão parados. E, consequentemente, todo o movimento comercial irregular foi paralisado, de acordo com o levantamento.

Fonte: Enio Manoel com Rosendo Duarte