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Professoras de CMEI são acusadas de torturar e agredir crianças de até dois anos

  • 06/09/2018
  • Foto(s): massanews
  • Policial
Professoras de CMEI são acusadas de torturar e agredir crianças de até dois anos

Três professoras de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de Astorga foram afastadas após denúncias de agressão às crianças de uma turma de até dois anos e meio da unidade. A violência contra cerca de oito alunos foi filmada e a denúncia da 1ª Promotoria de Astorga foi apresentada à Justiça na terça-feira (4).

De acordo com o promotor responsável pelo caso, Lucílio de Held Júnior, nas imagens é possível identificar uma das professoras agredindo as crianças com tapas, chutando colchões onde as vítimas estavam, batendo com o celular na cabeça dos alunos durante o banho e carregando-os como animais, sem nenhum cuidado. A acusada está sendo denunciada pela Lei 9.455/97, pelo crime de tortura.

Ainda conforme o promotor, as outras duas professoras da turma eram coniventes e não faziam nada para impedir o que Lucílio classificou como “tratamento cruel”. “Em posse dos vídeos, um procedimento foi instaurado para apurar o caso, foram feitas oitivas e as crianças foram identificadas. Os pais dos alunos foram chamados e foi possível detectar que o tratamento acontecia de forma sistemática dentro da creche”, contou.

Os pais das vítimas ainda relataram uma mudança de comportamento das crianças. Segundo a Promotoria, algumas atividades rotineiras das vítimas passaram a ser encarradas com medo e receio, demonstrando que as agressões produziam nas crianças “terror físico e psicológico”.

As professoras atendiam as turmas desde fevereiro deste ano, mas a violência só foi registrada entre 13 e 22 de agosto, quando uma estagiária passou a frequentar o local e se indignou com a cena encontrada no CMEI. Durante as duas semanas em que esteve na unidade, a testemunha relatou que as crianças foram agredidas diariamente.

As professoras foram afastadas de suas funções assim que a Prefeitura tomou conhecimento do caso e respondem à um processo administrativo disciplinar paralelamente à denúncia da Promotoria. O caso está sendo analisado pela Justiça, que pode, ou não, aceitar a denúncia.

Fonte: massanews

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