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Rádio Costa Oeste
Dezenove mil estudantes iniciaram um curso de engenharia aqui, no Paraná, no ano passado. Porém mais de 8 mil decidiram trancar o curso. As informações são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o INEP.
O professor de engenharia civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Mauro Lacerda, explica que o excesso de informação afeta o interesse dos estudantes no curso. Ele acredita que os professores precisam mudar o jeito de dar aulas para manter os alunos no curso. (Ouça o áudio Mauro Lacerda)
O grande número de desistências do curso não é registrado só no Paraná. De acordo com o estudo “Ensino de Engenharia: Fortalecimento e Modernização” da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, a baixa qualidade do ensino fundamental e médio no Brasil causa impacto no desempenho dos estudantes que cursam ensino superior em todo o país.
A diretora de inovação da CNI e superintendente nacional do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Gianna Sagazio, explica que o mundo tem mudado de forma muito acelerada, e por isso, é importante preparar bem futuros engenheiros para que eles acompanhem o ritmo da indústria.(Ouça o áudio Gianna Sagazio)
O estudo da CNI, que faz parte de uma série de propostas que foram entregues aos presidenciáveis, neste ano, mostra que o Brasil forma menos engenheiros do que realmente precisa para se desenvolver economicamente.
Por isso, o estudo sugere que ocorra uma modernização nos currículos do curso e estimula o ensino técnico para que os estudantes já entrem na faculdade com conhecimento de base.
Enquanto Coreia, Rússia, Finlândia e Áustria registram números de 20 engenheiros para cada 10 mil pessoas, o Brasil conta com cerca de cinco graduados para o mesmo número de pessoas.
Fonte: Com informações Agência do Rádio