São 2.500 famílias cadastradas ou mais de cinco mil pessoas.
Durante a madrugada desta sexta-feira (18), o grupo que estava assentado próximo ao pedágio em São Miguel do Iguaçu, levantou acampamento e ocupou a fazenda Santa Maria, em Santa Terezinha de Itaipu.
A fazenda também fica próximo do pedágio e tem uma área reservada para o corredor da biodiversidade.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o grupo de aproximadamente 5 mil pessoas passou pela rodovia com aproximadamente 100 veículos.
Eles bloquearam a 277 por aproximadamente 30 minutos.
Ao chegar na propriedade, por volta das 3h da madrugada, o grupo decidiu que só pretende sair após a decisão do juiz Sergio Moro, de desapropriação da fazenda para a reforma agrária.
O advogado dos acampados, Elcir Glissério Guimaraes, diz que o ato é em forma de protesto contra a corrupção.
O local foi escolhido porque segundo ele, as máquinas agrícolas da propriedade foram adquiridas com desvios de dinheiro público no caso do Petrolão.
Outros indícios de materiais suspeitos, de acordo com Elcir Zen, que sugerem investigação, são as cercas e muros feitos com vigas "I" de aço tratado nos tamanhos 20x10cm e 20x40cm, material incomum no mercado para essa finalidade, sendo que esses produtos são comuns em obras públicas de infraestrutura do Governo Federal, como construção de plataformas, balsas, guias transportadores e outros.
De acordo com informações, a chegada das famílias do MST na propriedade foi de forma pacífica. Não houveram resistência e conflito até agora.
A propriedade pertence ao ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, um dos investigados da Lava Jato que é investigado no recebimento de propina de recursos desviados da Petrobras.
Sergio agora é um dos sócios da Etesco Construções, que também presta serviços à Petrobras.
A fazenda tem uma área total de 1750 hectares, sendo 500 hectares de reserva legal e mata ciliar, 300 hectares de agricultura e 900 hectares de pastagem para gado de corte.
Ela também possui uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), de 242 hectares que faz parte do Corredor da Biodiversidade Santa Maria.
Fonte: Daiane Staub | Com infor. da Catve