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Rádio Costa Oeste
Oito urnas eletrônicas utilizadas no primeiro turno das eleições deste ano foram auditadas nesta sexta-feira, 19, a sede do Tribunal Regional Eleitoral, em Curitiba. Além de auditores do TRE, participam integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Procuradora Regional Eleitoral, peritos contratados por partidos políticos e outros representantes da sociedade civil. A auditoria foi solicitada pela Comissão Provisória do Partido Social Liberal (PSL), do candidato à presidência Jair Bolsonaro, no Paraná.
O pedido foi feito após relatos de que as urnas concluíram o processo de votação “imediatamente após a digitação dos dois números para candidato à presidência da República, supostamente sem que o eleitor digitasse a tecla confirma”.
A verificação começou por uma urna que foi utilizada em uma seção eleitoral da universidade positivo, a 664. Os dados foram clonados antes da reinicialização das urnas e entregues a Policia Federal. Para isso, foram removidos oito lacres: três do micro-terminal, um do gabinete da urna, dois nas portas USB traseiras, um na mídia de resultado e um na flash externa, que é uma mídia de votação. Depois, elas foram reinicializadas e passaram pelo procedimento de votação para constatar se o funcionamento foi regular.
A verificação, autorizada pelo corregedor regional eleitoral Gilberto Ferreira deve ocorrer nas urnas das Seções 654, 655, 664 e 674, da zona eleitoral 001; a urna da seção 114 da zona eleitoral 178; e a urna da Seção 292 da zona 009. Outras duas urnas de Santa Catarina passam pela avaliação.
Entre as pessoas que acompanham essa auditoria, está um perito contratado pelo PSL e um grupo de advogados voluntários que atende eleitores que questionaram o procedimento. Um representante da Organização dos Estados Americanos, a OEA, também acompanha o procedimento.
Nesta quinta-feira, 18, em uma audiência pública realizada tambem na sede do TRE em Curitiba, o desembargador Gilberto Ferreira, corregedor eleitoral, informou que aproximadamente 800 reclamações foram registradas em atas por suspeitas de problemas em urnas eletrônicas no primeiro turno das eleições deste ano no Paraná. Somadas, as reclamações, que também envolvem casos como problemas com títulos de eleitor, entre outros, representariam apenas 0,02% do total de votos.
A audiência foi convocada para explicar como funcionaria está auditoria nas urnas eletrônicas impugnadas, ou contestadas, no Estado. De acordo com o corregedor, a auditoria será apenas para provar a origem das dúvidas levantadas pelos autores das denúncias.
Os auditores deverão responder a pergunta: os problemas apontados pelos eleitores foram recorrentes de algum tipo de prova? O resultado será dado o mais breve possível.
No Paraná, segundo o corregedor, foram 29 impugnações (contestações) de urnas em um universo de 32 mil, o que significa menos de 0,001%. Dessas 29 reclamações, a maioria está no interior e estão de posse de juízes. Aqui (em Curitiba) foram efetuadas reclamações referentes a seis urnas, mais duas de Santa Catarina. Essas sete urnas tem o mesmo problema (relatado) no interior. Portanto, as perícias nessas urnas vão ser consideradas inclusive para o resto do Brasil, principalmente aquele que o eleitor votou e achou que não finalizou o voto.
Em um dos casos, e foi justamente o primeiro constatado, na Universidade Positivo, o juiz eleitoral foi até o local o promotor foi até lá, e o advogado do partido (PSL) foi lá naquela urna e constataram que votaram 170 pessoas. Constataram o número de comparecimentos e foram ver o número de votos, eram 170 votos para presidente, sendo 169 para um presidente e apenas um voto branco. Apenas três votos foram para o candidato que foi o segundo colocado para o segundo turno fernando Haddad. A maioria foi para o outro candidato, Jair Bolsonaro, do PSL, que contesta a urna.
Em meio à onde de “fake news” que tomou conta do país no período eleitoral, o TRE destaca que a auditoria é importante provar a lisura do processo eleitoral. O advogado do PSL do Paraná, Gustavo Kfouri, afirmou ontem que o papel do partido é impugnar as urnas apontadas como suspeitas pelos seus eleitores.
O procedimento vai verificar se os sistemas instalados nas urnas são os mesmos que foram lacrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se as urnas estavam em perfeitas condições de uso e funcionamento e se há indícios de fraude no sistema.
Fonte: Bem Paraná