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Rádio Costa Oeste
A Fundação SOS Mata Atlântica realizou, neste mês de outubro, uma expedição técnica que percorreu o Rio Iguaçu – desde sua formação, no encontro dos rios Iraí e Atuba, em Curitiba, até a foz no rio Paraná, na tríplice fronteira em Foz do Iguaçu. Neste período, que finalizou na sexta (19), em evento no Parque Nacional do Iguaçu, a ONG analisou a qualidade da água de um dos corpos hídricos mais importantes do Brasil, especialmente porque o rio Iguaçu possui trecho protegido pelo Parque Nacional do Iguaçu – Patrimônio Natural Mundial. Somado à coleta e análise da água nos 19 pontos, a equipe da expedição conversou com moradores, especialistas e lideranças que convivem com o rio e seus afluentes e que promoveram, em anos anteriores, expedições ao longo da bacia hidrográfica.
A expedição é realizada pela equipe do projeto Observando os Rios, patrocinado pela Ypê, que conta com mais de 3.500 voluntários que analisam, mensalmente, a qualidade da água de rios nas bacias do bioma Mata Atlântica, que abrange 17 estados do país.
“O Iguaçu é um emblemático rio brasileiro que, a exemplo de tantos outros, sofre com seus usos por vezes conflitantes. Falta de saneamento, diluição de esgoto, desmatamento que leva ao assoreamento, recepção de agrotóxico, barramentos para geração de energia e exploração de minérios contrastam com as necessidades cada vez maiores de acesso à água de boa qualidade, para abastecimento humano, dessedentação de animais, produção de alimentos, esporte, lazer, turismo e contato seguro. Identificar estes cenários, a condição atual do rio, seus atores e histórias e que rio as comunidades e a sociedade querem para o futuro é a intenção desta expedição“, afirma Malu Ribeiro, especialista em Água da Fundação SOS Mata Atlântica.
Além do trabalho de monoitoramento, o SOS Mata Atlântica quer chamar a atenção para as enormes ameaças e agressões que o rio tem sofrido no trecho brasileiro, desde sua formação na região metropolitana de Curitiba, até a sua foz. Ao longo do seu trajeto, os pesquisadores encontraram problemas como a falta de matas nas suas margens e índices preocupantes de poluentes nas suas águas (esgoto doméstico, agrotóxicos e fertilizantes).
Fonte: SOS MATA ATL??NTICA/Bem Paraná