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Rádio Costa Oeste
Quatro dos cinco presos da Operação Rota Oculta, que investiga supostas fraudes em licitações do transporte público escolar de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, foram soltos após decisão da Justiça.
Eles deixaram a prisão na sexta-feira (19). O vereador Maruinhos Murbak (SDD) continua preso.
Foram soltos o empresário Rui Omar Novicki Júnior, que é apontado como chefe do suposto esquema, o irmão dele, Luiz Fernando Novicki, e o gerente de uma das empresas envolvidas Nelson Quintino da Luz.
Mayara Ramires, que estava em prisão domiciliar, também teve a prisão revogada. Os quatro tinham sido presos na primeira fase da operação, deflagrada em 26 de setembro.
Conforme a Justiça, eles não podem sair do país, devem estar em casa no período da noite e precisam usar tornozeleira eletrônica.
A defesa de Rui Omar, Luiz Fernando, Nelson Quintino e Mayara Ramires disse que a decisão atende ao pedido da defesa, já que as provas com relação a eles foram colhidas. A defesa do vereador preso não quis se manifestar.
'Rota Oculta'
A Polícia Civil constatou indícios de irregularidades nos contratos que se referem à quilometragem contratada para o transporte público escolar do município desde 2013.
Conforme a investigação, cerca de 40% da quilometragem contratada pela Prefeitura de São Miguel do Iguaçu não era percorrida diariamente pelos veículos. Com o suposto superfaturamento, o prejuízo aos cofres públicos, de acordo com a polícia, foi de aproximadamente R$ 1,4 milhão.
Segundo a polícia, Rui Omar Novick Júnior já foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Nipoti – desmembramento da Operação Pecúlio, da Polícia Federal (PF), que apura fraudes em licitações da Prefeitura de Foz do Iguaçu.
Ele é funcionário da Prefeitura de Foz do Iguaçu e, para a polícia, opera de forma oculta duas empresas em São Miguel do Iguaçu que estão nos nomes do irmão e da enteada dele, de 19 anos.
Elas venceram 19 lotes da licitação em São Miguel do Iguaçu que previa o serviço de transporte público escolar na cidade.
Em nota, a Prefeitura de São Miguel do Iguaçu informou que não está sendo investigada e que todos os documentos de licitações, contratos e pagamentos feitos estão disponíveis no Portal da Transparência e no Sistema de Informação Municipal e podem ser consultados por qualquer pessoa.
"O Governo Municipal de São Miguel do Iguaçu esclarece que não faz parte da operação deflagrada pela Divisão de Combate à Corrupção (DCCO). Quem está sendo investigado são os empresários da empresa que presta serviço do transporte escolar público", destacou.
Fonte: G1/RPC