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Rádio Costa Oeste
A governadora Cida Borghetti (PP) resolveu deixar a cargo de seu sucessor, o governador eleito Ratinho Júnior (PSD), a decisão sobre o reajuste salarial dos servidores públicos estaduais. A informação foi repassada ontem pelo secretário de Estado do Trabalho, Paulo Rossi, aos dirigentes do Fórum das Entidades Sindicais (FES).
Em julho, Cida encaminhou à Assembleia uma proposta de reajuste de 1% para o funcionalismo público estadual – que está há mais de dois anos sem aumento. Na época, já às vésperas da campanha, um grupo de deputados – incluindo o próprio Ratinho Jr e o bloco PSD/PSC, que ele integra – apresentou emenda para elevar o índice de aumento para 2,76%, o equivalente à inflação de abril de 2017 a maio de 2018. O argumento era garantir isonomia aos servidores, já que o Tribunal de Justiça, Ministério Público, Tribunal de Contas, Defensoria Pública e a própria Assembleia haviam proposta esse porcentual para seus próprios funcionários.
Cida então retirou o projeto de reajuste para os servidores do Executivo, alegando que retomaria a discussão após as eleições. A Assembleia chegou a aprovar o reajuste de 2,76% para os funcionários dos demais poderes, mas a governadora vetou.
Segundo as informações de Paulo Rossi, a governadora voltou atrás na promessa que fez durante a campanha eleitoral sob a alegação de que houve um acordo com o governador eleito para que todo e qualquer projeto seja submetido a equipe de transição, que começa a trabalhar no próximo dia 19. O FES já havia protocolado ofício solicitando audiência com a equipe de transição e diz que intensificará a cobrança junto aos interlocutores de Ratinho Jr.
Na próxima terça-feira, os sindicatos vão acompanhar a tramitação das emendas ao Orçamento do Estado para 2019, na Assembleia, articular um encontro com Ratinho Junior e avaliar a situação. Participaram da reunião pela coordenação do FES, o presidente do Sindiseab, Donizétti Silva, o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, o presidente do Sindarspen, Ricardo Miranda, e o economista do FES, Cid Cordeiro.
Fonte: Bem Paraná