106,5 FM
Rádio Costa Oeste
O Paraná vai fazer o fechamento sanitário de divisas territoriais, principalmente com Mato Grosso do Sul, para se tornar em 2021 área livre de febre aftosa sem vacinação. A ideia já foi incorporada pelo governador eleito Ratinho Júnior (PSD), que deseja encerrar a imunização obrigatória de bovinos no primeiro semestre de 2019.
A medida visa a conquista de mercados internacionais. E nem tanto para a carne bovina, pois o rebanho paranaense é pequeno, mas para suínos. Países que pagam mais pela carne de porco, como Japão e Coreia, exigem esse status sanitário.
Nos últimos anos investimentos bilionários estão sendo feitos no setor paranaense. Entre eles o da Frimesa, que investirá aproximadamente R$ 2,5 bilhões, para a construção do maior frigorifico de abate e processamento de suínos da América Latina. Localizado no município de Assis Chateubriand o frigorifico terá capacidade para abater até 15 mil cabeças de suínos por dia.
Elias Zydek diretor executivo da Frimesa e presidente do Conselho Regional de Sanidade do Oeste do Paraná, comemorou a notícia. Segundo ele, a cinco anos, o governo, cooperativas e produtores vem lutando para tornar o Paraná livre de febre aftosa sem vacinação. De acordo com Elias, essa é uma das principais condições para a exportação da carne suína para mercados importantes, como o asiático por exemplo. (áudio abaixo)
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017; o Paraná já tem o maior rebanho suíno do País, com 7,13 milhões de cabeças, o município de Toledo, lidera o ranking nacional, com 1,18 milhão de cabeças.
Na produção de carnes o Paraná está em segundo lugar, com 21% de participação, atrás apenas de Santa Catarina, com 26%. A expectativa é que, com o projeto integrado e com o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, o Estado passe a ser em breve, também, o maior produtor de carnes suína do País.
E para lembrar, termina amanhã dia (30) a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa de 2018. Nesta etapa, todo o rebanho paranaense deve ser vacinado, atingindo 9,3 milhões de cabeças, entre bovinos e búfalos. Os produtores também precisam comprovar a vacinação, presencialmente, nas unidades da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), ou pela internet, no site www.adapar.pr.gov.br.
Fonte: AEN