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Brasil deve ter queda na produção de aves e suínos em 2018, diz ABPA

Brasil deve ter queda na produção de aves e suínos em 2018, diz ABPA

A produção de carne de frango no país deve encerrar o ano com volume 1,7% abaixo do ano passado, somando 12,82 milhões de toneladas ante 13,05 milhões de toneladas em 2017. O levantamento indica ainda retração de 3,2% na produção de carne suína, que atingiu 3,63 milhões de toneladas ante 3,75 milhões de toneladas no ano anterior.
Os dados foram anunciados nesta quinta-feira (13) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ricardo Santin Diretor Executivo da associação, destaca a qualidade da carne brasileira, dizendo que os problemas já foram superados e que as perspectivas para 2019 são positivas. (áudio Santin abaixo)

Francisco Turra presidente da ABPA, afirmou que 2018 foi um ano difícil para o setor, afetado principalmente pelo tabelamento de frete que encareceu em 35%, na média, e pela greve dos caminhoneiros, que geraram perdas avaliadas em R$ 1,5 bilhão, além de ter enfrentado custos mais elevados dos insumos; no entanto Turra se encontra otimista para 2019, com previsão de crescimento acima da média. A entidade se reuniu com a futura Ministra da Agricultura Tereza Cristina, apresentando as propostas do setor para melhorar as negociações com o mercado internacional e com isso alavancar as exportações. (áudio Turra abaixo)

Pelas projeções da ABPA, a produção deve se recuperar no próximo ano, com previsão de crescimento para a carne de frango de 1,39% em 2019, com um total 13,2 milhões de toneladas. O aumento esperado em relação a carne suína é de algo entre 2% a 3%, podendo alcançar 3,7 milhões de toneladas.


Turra, acredita na recuperação, tomando por base alguns fatores positivos como a habilitação de 26 novas plantas na área do frango destinadas a embarques para o México, além da abertura do mercado cambojano.


O dirigente também vê chances de aumentarem as vendas de carne suína para a China, que enfrenta escassez na produção local por ter sido afetado pela peste suína africana.


A entidade também informou que após 11 meses de negociação com a Rússia, o Brasil conseguiu colocar, novamente, o produto nesse mercado, que é o principal consumidor dos produtos suinícolas.

Fonte: Agência Brasil