A direção técnica do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, decidiu interditar na quarta-feira (23) a unidade por problema de superlotação. Segundo o diretor José Elias Aiex Neto, o hospital não tinha mais condições de receber novos pacientes. Uma reunião foi convocada para esta manhã a fim de se encontrar soluções para o problema.
No documento, Aiex apontou que a superlotação afeta ???exclusivamente pacientes entubados no pronto-socorro, onde os mesmos necessitam de suporte de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ou seja, pacientes em estado grave, com risco iminente de morte???.
Durante a noite de quarta e a madrugada desta quinta, os serviços de urgência e emergência tiveram dificuldades para encaminhar os pacientes atendidos. Porém, pela manhã a situação foi controlada e a interdição suspensa com a liberação de três leitos de UTI.
Em função disso, os pacientes foram cadastrados na Central de Leitos para que sejam transferidos a unidades com vagas na UTI. ???Assim sendo, comunicamos a interdição temporária do pronto socorro do hospital???, destacou.
Segundo a diretora da Fundação de Saúde, responsável pela administração do hospital, à noite havia 20 pacientes internados na UTI e nove aguardando no pronto-socorro, o que impedia o atendimento de outros pacientes. Alternativas devem ser encontradas em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde.
???O hospital recebeu os pacientes que o Siate estava trazendo, apesar de estarem com traumas leves, podendo ser atendidos na UPA ou no Pronto-Atendimento do Morumbi. Informamos inclusive o promotor de plantão que estes pacientes ficarão no corredor. Eles receberão todo o atendimento necessário, mas não temos quartos para colocá-los???, explicou.
O prefeito Reni Pereira (PSB) disse que está tentando com o governo do estado o encaminhamento de pacientes de UTI para outros hospitais da cidade e da região. ???O Hospital Municipal chegou a 120% da sua capacidade de operação. Ontem à noite mesmo foram feitas algumas adequações e abertas algumas vagas, mas estamos no limite???, justificou ao adiantar que uma força-tarefa está avaliando pacientes que possam ser internados ou mesmo receber alta.
Ainda de acordo com o prefeito, parte do problema foi causado por onze casos de violência registrados em 48 horas, o que acabou sobrecarregando os atendimentos. Além disso, o diretor técnico apontou a grande incidência de casos de dengue como outro agravante à superlotação. A solução mais imediata seria a instalação de um hospital de campanha pelo Exército, sugeriu em nota desta quinta.
Fonte: G1