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Rádio Costa Oeste
Na noite de sexta-feira, 04, aconteceu no Distrito de Santa Rosa do Ocoí, interior de São Miguel do Iguaçu, uma reunião que discutiu os pontos da demarcação indígena, que vem causando muitas dúvidas nos últimos meses, focando principalmente a aldeia Tekoha Ocoy, localizada no distrito.
De acordo com o antropólogo e historiador Hilário Rosa, que atua há aproximadamente 30 anos em questões fundiárias e indígenas, a área onde está a aldeia Tekoha Ocoy foi destinada inicialmente como reserva legal dos colonos realocados pelo Incra do Parque Nacional do Iguaçu para aquela região. (Ouça o áudio Hilário Rosa 1 abaixo)
Depois da construção da Usina de Itaipu aconteceu o alagamento de grande parte do território da reserva e na sequência, a binacional colocou esses indígenas nas margens do lago, no local que virou área de preservação permanente de Itaipu.
Ainda segundo o antropólogo, os indígenas que estão em Santa Rosa deveriam ser transferidos para outro local, pois o território onde hoje está à aldeia Tekoha Ocoy não é uma reserva indígena. (Ouça o áudio Hilário Rosa 2 abaixo)
Para os agricultores poderem garantir suas terras, eles precisam fazer suas defesas juridicamente, conforme explica o advogado Dionizio Marcos dos Santos, que vem atuando na questão de demarcações, representando agricultores de São Miguel. (Ouça o áudio Dionizio Santos abaixo)
Com a mudança no Governo Federal, principalmente pela transferência da competência de delimitar e demarcar terras indígenas e quilombolas da Funai para o Ministério da Agricultura, os dois relataram acreditar que esse é o momento para se colocar um ponto final no assunto.
Fonte: Gerson Kaiser