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Com economia insignificante horário de verão pode acabar

Com economia insignificante horário de verão pode acabar

Após 105 dias de vigência, o horário de verão deu adeus no domingo (17). Os brasileiros de 10 estados e do Distrito Federal tiveram que atrasar os relógios em 1 hora e para a alegria ou lamento de alguns, esse pode ter sido o último horário de verão.


A presidência da república aguarda as análises técnicas com os resultados do ciclo 2018/2019 para decidir o futuro do horário que está em vigor desde 1985. Mas o Ministério de Minas e Energias já informou que o método trouxe resultados próximos da neutralidade para o sistema elétrico, ou seja, não indicou uma encomia significativa. O objetivo do horário é fazer com que o consumidor aproveite mais a luz do dia e economize no consumo de energia elétrica.

O padrão de consumo de energia elétrica dos brasileiros vem mudando ao longo dos anos. Antes, a adoção do horário de verão evitava uma sobrecarga no sistema no fim da tarde — as pessoas passavam mais tempo fora de casa e os setores produtivos (comércio e indústria) encerravam o expediente ou diminuíam o volume de produção. Com o tempo, o pico de consumo mudou de horário e é no meio da tarde em que os brasileiros “gastam” mais luz — o ar-condicionado é apontado como um dos fatores para esse boom de consumo, segundo o MME.

Dados do Operador Nacional do Sistema (ONS) mostram que, embora haja um alívio aos cofres da União pela adoção do horário de verão, essa economia vem diminuindo. Em 2013, por exemplo, foram poupados R$ 405 milhões — o equivalente a 2.565 megawatts. A partir daí, a economia só diminuiu: em 2017, esse número caiu para cerca de R$140 milhões.

Este ano, o horário de verão foi encurtado, pois começou mais tarde. Antes, ele se iniciava no terceiro domingo de outubro. Em dezembro de 2017, o presidente Michel Temer assinou decreto que encurtou a duração, atendendo o pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que o início do horário de verão não ocorresse entre o primeiro e o segundo turno da eleição.

Fonte: ARW