106,5 FM
Rádio Costa Oeste
Os vereadores de Cascavel, no oeste do Paraná, aprovaram nesta quinta-feira (31) em primeira e segunda discussão um reajuste de 12% nos salários dos servidores municipais. De acordo com a legislação, o prazo para a aprovação deste tipo de projeto é de até seis meses antes das eleições e terminaria nesta semana.
O índice aprovado inclui a correção da inflação nos últimos doze meses, a projeção da inflação até maio ??? data-base da categoria - e mais 2,34% que a prefeitura deixou de pagar em 2015. O reajuste será repassado aos servidores em três parcelas: maio, julho e setembro.
Segundo o Sindicato dos Professores da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel (Siprovel), mesmo com o reajuste, alguns professores, por exemplo, ainda não vão receber o piso nacional. A prefeitura, no entanto, disse que vai complementar os salários destes docentes por meio de um abono para que o valor seja alcançado.
???Nós entendemos que no mínimo o piso de uma categoria deve ser garantido no vencimento. Esta complementação que a prefeitura faz por meio de abono salarial é ilegal e traz uma série de prejuízos na carreira do professor???, comentou o presidente do Siprovel, Amilton Peletti, ao apontar que também não concordam com o pagamento fracionado do reajuste.
O secretário municipal de Administração, Alisson Ramos da Luz, explicou que a prefeitura não tem dinheiro para pagar tudo em uma única parcela e que o abono é uma forma de não se comprometer o caixa. ???Por isso, vamos pagar 4% em maio, 4% em julho e 4% em setembro, para diluir o impacto e fazer com que o Município tenha condições de arcar com estes R$ 20 milhões até o fim do ano e efetivamente pagar o reajuste???, justificou.
Já para o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Ricieri D???Estefani, o reajuste é aceitável.
De acordo com a prefeitura, os gastos com os salários vão se aproximar de 53% do orçamento anual, um pouco abaixo do limite de 54% estabelecido por lei. Para ajustar as contas, na quarta-feira (30), o Executivo publicou um decreto determinando economia nas secretarias e demais órgãos do município. A meta é economizar entre R$ 800 mil e R$ 1 milhão por mês até o fim de 2016.
Fonte: G1