Na segunda-feira (1º), a 9ª Vara Criminal de Curitiba aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público contra o ex-governador Beto Richa na Operação Quadro Negro. Com isso, o tucano tornou-se réu. O juiz Fernando Bardelli Silva Fischer também recebeu a denúncia contra Fernanda Richa, Jorge Atherino, João Gilberto Cominese Freire, Sérgio Lacerda, Rafael Wawryniu.

A denúncia remete que entre os anos de "2012 a 2015, foi formada uma organização criminosa que contava com a participação de agentes públicos e privados, atuou na Secretaria da Educação do Governo do Estado do Paraná, praticando crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e de fraudes em licitações cujo objeto era a construção e reforma de escolas públicas estaduais". Os prejuízos calculados passam de R$ 20 milhões.

Para o juiz, inicialmente, é possível perceber os fortes indícios da veracidade das denúncias apresentadas pela Promotoria.

"A narrativa fática constante na denúncia é possível se inferir a participação, em tese, dos denunciados nos delitos de organização criminosa e de obstrução de investigação de organização criminosa. Verifica-se que as condutas estão descritas de maneira delimitada e individualizada, relatando fatos que se amoldam às figuras típicas imputada", justificou Fischer.

PRISÃO
O ex-governador Beto Richa está preso desde o dia 19 de março. Esta foi a terceira vez que o político é detido por denúncias de corrupção. No dia 23, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou um pedido de habeas corpus ao ex-governador. Ele está detido no Complexo Médico Penal.

Fonte: Catve