106,5 FM
Rádio Costa Oeste
O aumento do preço do óleo diesel, anunciado nesta quarta-feira (17) pela Petrobras, não agradou aos caminhoneiros. Segundo Wanderlei Alves, o Dedeco, os motoristas estão se articulando para fazer uma nova greve, como a de 2018. E isso pode acontecer em 10 dias.
“Infelizmente o governo pagou para ver”, disse ele, em um vídeo divulgado na noite desta quarta (17), sobre o aumento anunciado pela Petrobras. Alves, que é de Curitiba, foi uma das lideranças da paralisação do caminhoneiros ocorrida em maio de 2018.
Na terça-feira (16), em troca de mensagens com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Alves disse que as reivindicações da categoria não estão sendo atendidas a contento e afirmou que uma nova greve de caminhoneiros poderia ocorrer em caso de reajuste do preço do diesel. "Se subir o óleo diesel, ministro, nós vamos parar e ponto final", disse. Nesta quarta, a Petrobras anunciou um aumento de R$ 0,10 no preço do litro na refinaria. Segundo a estatal, na bomba o valor poderia ser menor, de R$ 0,06.
“Eu quero que entendam o impacto. Essa viagem em que estou agora gasta mil litros de diesel. Faço nove viagens dessas por mês, são 9 mil litros. É só calcular 9 mil vezes 10 centavos. E o frete não aumenta”, explicou ele, no vídeo – pela conta de Alves, o aumento de R$ 0,10 daria R$ 900 a mais de despesa nessa viagem. “No dia 5 de janeiro, sobrava R$ 2.500 numa viagem dessas. Hoje sobra de R$ 1.700 a R$ 1.800, por causa dos aumentos anteriores. Mais 10 centavos, isso vai colocar direto no fundo do poço”.
Segundo Alves, o governo tem escutado as lideranças erradas dentre os caminhoneiros. “Decidimos que vamos parar, só estamos articulando a data, mas acredito que em 10 dias estaremos parados, até que o governo procure entender qual é a real situação do caminhoneiro”, afirmou. “Que procure abrir as portas para as lideranças certas, aquelas que pararam o Brasil no ano passado”.
Fonte: Bem Paraná