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Rádio Costa Oeste
Dois anos após a implantação do programa Compras Sustentáveis, a aquisição de bens e serviços que atendem a requisitos de sustentabilidade já representa 11% da carteira de compras da Itaipu Binacional, que atualmente soma US$ 144,5 milhões em contratos ativos.
???A Itaipu é uma empresa preocupada com a sustentabilidade de seu negócio e isso implica em várias ações que são tomadas na geração de energia, na relação com as comunidades do entorno, na proteção da biodiversidade. Porém, com as Compras Sustentáveis, ela consegue influenciar outras empresas a operarem seus negócios de forma sustentável???, explica Margarete Groff, diretora Finaceira Executiva da binacional.
Além de exercer essa influência, a experiência da Itaipu na definição dos requisitos de sustentabilidade tem contribuído para a futura norma ISO de Compras Sustentáveis (série 20.400, em fase final de elaboração). "Neste mês de dezembro, a lista do Compras Sustentáveis chegou a 27 objetos (16 serviços e 11 produtos). Há um ano, eram apenas seis" comemora Rosimeri Fauth, Superintendente de Compras.
Para vender esses produtos e serviços à Itaipu, as empresas terceirizadas precisam atender a uma série de requisitos como, por exemplo, cuidar da logística reversa (descarte dos produtos após o uso), reduzir as emissões de gases de efeito estufa no transporte das mercadorias, comprovar a origem sustentável das matérias-primas, utilizar produtos da agricultura familiar regional (nos serviços de alimentação), entre outros.
Para coordenar o programa, há um Comitê de Compras Sustentáveis, que tem como papel atuar na definição dos requisitos de sustentabilidade, além de promover a iniciativa internamente, divulgando e capacitando os requisitantes de compras. Para que as Compras Sustentáveis prosperem na binacional, aqueles que demandam bens e serviços precisam ter conhecimento sobre alternativas sustentáveis aos itens que costumam adquirir para suas áreas.
Entre os produtos e serviços que já fazem parte do programa, estão itens largamente empregados na área fim da usina (como óleo lubrificante, com as mais diversas aplicações nas unidades geradoras e outros equipamentos) e outros presentes nas áreas administrativas (como papel, computador e toner de impressora), passando por serviços como a limpeza da área industrial e o fornecimento de lanches para o pessoal que trabalha em turnos.
???Para 2016, não pretendemos ampliar a lista. Queremos reforçar e aperfeiçoar o processo de aquisição desses bens e serviços para, em seguida, continuar expandindo???, explicou o coordenador do Comitê de Compras Sustentáveis, Adriano Hamerschmidt.
Em sua última reunião no ano, o Comitê de Compras Sustentáveis fez um balanço do andamento da iniciativa, que já cumpriu 49% do planejado até 2020. Nesse ano, a binacional pretende chegar com pelo menos metade de sua carteira de compras com fornecedores locais e regionais que atendam a requisitos de sustentabilidade. Uma das novidades em 2016, entretanto, deverá ser a definição de novas regras ampliando a participação de micro e pequenas empresas nos processos licitatórios da Itaipu.
Fonte: JIE
