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Levantamento aponta que o brasileiro trabalhou quase a metade do ano só para pagar impostos

De acordo com o Instituto, se em 2003 o brasileiro destinou cerca de 36% para pagar tributos, hoje ultrapassa os 41%

Levantamento aponta que o brasileiro trabalhou quase a metade do ano só para pagar impostos

Um levantamento realizado pelo IBPT, o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, identificou que foram necessários mais de cinco meses de trabalho somente para pagar tributos. Foram exatos 153 dias, período que foi fechado no último domingo.

De acordo com o Instituto, se em 2003 o brasileiro destinou cerca de 36% para pagar tributos, hoje ultrapassa os 41%. Foi constatado ainda, que não somente o peso dos tributos sobre o trabalho cresceu, como os dias necessários para pagá-los estão aumentando.

Em 1986 por exemplo, foram 82 dias, em 1988, foi registrado o menor período, somente 73 dias. Mas desde 2017 são necessários em média, 153 dias de trabalho para pagar tributos.

O presidente do IBPT, João Eloy Olenike, afirma que o brasileiro não se importa em pagar taxas altas. O que revolta é o retorno medíocre dos serviços e infraestrutura à população... (Sonora 1)

Segundo João Eloy, em países como EUA e Dinamarca, paga-se muito mais impostos, mas nestes países há qualidade de vida... (Sonora 2)

Além da carga tributária voraz, o Instituo colocou na conta o volume de tempo e dinheiro gastos para cobrir prejuízos provocados pela corrupção brasileira. De acordo com João Eloy, 8% dos tributos arrecadados é desviado por meio da corrupção... (Sonora 3)

O estudo também mostra que os tributos sobre o consumo correspondem a mais da metade do período de trabalho do brasileiro (86 dias). São justamente esses impostos que, por não terem diferenciação de acordo com a renda, que acabam sendo considerados regressivos por terem maior peso nos contribuintes de menor renda.

Essa diferença é comprovada pelo levantamento do IBPT: enquanto os mais pobres pagaram 23,81% de tributos da renda no consumo, a classe média reservou 21,03%, e os mais ricos, 17,42%.

Fonte: CBN