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Rádio Costa Oeste
Em assembleia realizada nesta semana, representantes da Polícia Militar do Paraná e da Polícia Civil sinalizaram que podem aderir a paralisação anunciada por servidores públicos estaduais a partir do dia 25 de junho, próxima terça-feira. A Polícia Militar cobra um reajuste salarial de 4,97%, que corresponde a reposição da inflação. Os policiais civis cobram reajuste da data-base, de 5%. Outra categoria que também sinalizou a possibilidade de paralisação é a dos agentes penitenciários.
Na segunda-feira, 17, a Associação Vila Militar realizou uma assembleia para discutir a possibilidade de paralisação. Após a reunião o presidente da Associação, Coronel Washington Rosa, se manifestou. Segundo ele, a intenção não é tomar medidas radicais, mas cobra um posicionamento do governador Ratinho Junior, “Não queremos tomar medida radical, como a greve, mas não podemos permitir que o Governo do Estado nos vire as costas depois de prometer apoio à categoria”, disse.
O representante do Sindicato de Policiais Civis (Sindipol), Michel Franco, disse que a categoria está há quatro anos sem reposição da inflação. “Não é se escondendo que ele (Ratinho Junior) vai resolver os problemas do estado. Pedimos algo que é viável. Há condições de pagamento da data-base de 5%”, criticou Franco, que acusa o governador de não negociar com os policiais.
O governador Ratinho Junior se posicionou por meio de nota. De acordo com a nota, o governo está aberto ao diálogo. Confira:
“O diálogo é único caminho para o entendimento. Por isso, o Governo do Paraná reafirma a intenção de manter o debate pleno com os servidores estaduais para que sejam encontradas, de maneira conjunta, soluções para as questões que envolvem aumento da despesa com a folha de pagamento do funcionalismo.
Na última sexta-feira (14), um grupo de dirigentes do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES) foi recebido no Palácio Iguaçu e apresentou relatório da entidade a respeito das contas públicas. Ficou ajustado que os dados serão avaliados e as negociações permaneciam abertas, de forma que possam ser encontrados pontos de consenso e interesse comum.
Isso está mantido. A equipe do governo está trabalhando com o objetivo de encontrar um caminho de equilíbrio, que não coloque em risco as contas públicas, e não acredita que qualquer medida extrema seja o caminho a ser seguido por parte das lideranças sindicais.”
Por lei policiais são proibidos de realizar greve, no entanto, em outros estados esposas e familiares de policiais fizeram barricadas em frente a delegacia, não permitindo a saída de viaturas.
Fonte: Rádio Cultura