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Rádio Costa Oeste
O professor universitário de Cascavel que publicou uma imagem contendo frase ofensiva aos Policiais Militares em suas redes sociais, em janeiro deste ano, retratou-se publicamente na terça-feira (25), por meio de uma carta de retratação.
No documento, que foi aceito para encerrar um processo judicial em que o professor era alvo por danos morais, ele pediu desculpas aos que se sentiram ofendidos com a postagem. "...retrato-me e apresento meus pedidos de profundas escusas a todos os policiais militares que eu possa ter ofendido através de reiteradas e impróprias postagens em rede social...", é o que diz um trecho da carta.
Para o Conselheiro da Assofepar e autor da ação, Capitão Diego Astori, os comentários e postagens objetos da retratação, publicados em rede pessoal do professor foram discriminatórios e de um grande desrespeito contra as instituições policiais do Brasil e, sobremaneira, contra a dignidade de todos os policiais enquanto pessoas físicas também. "Houve um grande ferimento à honra objetiva de todos os policiais através de uma generalização que advinha, muito que provavelmente, de uma ideologia equivocada, segregadora e sectarista. Policiais são pessoas de direito e que possuem direito à proteção de sua integridade de imagem, inclusive buscando a tutela jurisdicional em casos análogos de ofensas", disse o Capitão, que complementa:
"A retratação do professor foi muito bem recebida por diversos policiais, inclusive acatada por mim, que solicitei o arquivamento do pedido de indenização por danos morais que pleiteava perante o Poder Judiciário na Comarca de Cascavel/PR, tendo em vista que o conteúdo da retratação foi discutido em diversas oportunidades pelos meus advogados e os do professor. Na minha opinião, a intolerância possui diversas facetas e não pode jamais ser aceita quando atacar um grupo como previsto na lei de combate ao racismo ou a uma categoria profissional, como exemplo as Polícias Militares do Brasil, que são instituições constitucionalmente garantidoras da Ordem Pública e sendo a principal responsável pela preservação da mesma, cabendo destaque que muitas pessoas que trazem o discurso de serem discriminadas ou que combatem a discriminação, na verdade a fomentam de uma forma sub-reptícia contra as instituições de Segurança Pública ou seus agentes", argumentou o Oficial.
O Capitão Astori também fez questão de reforçar que o intuito principal do processo judicial contra o professor nunca foi um enriquecimento financeiro, tanto que sequer foram cobradas as custas com advogados, mas sim o reconhecimento da atitude errônea de um formador de opiniões perante a comunidade acadêmica e a sociedade, "bem como desestimular atitudes similares de pessoas que possam atuar sob o manto de uma equivocada liberdade de expressão que a Constituição Federal não alberga por ofender direitos de outrem que são protegidos. Por fim, gostaria de enaltecer a atitude de reconhecimento das instituições policiais e a correção de atitude do Professor Alexandre, o qual conseguiu perceber o erro que havia sido induzido e teve a humildade de tornar pública suas escusas", finalizou o Conselheiro da Associação dos Oficiais.
Nos posts, o professor ofendeu a Polícia Militar, comparando-os com animais. Em uma das postagens ele diz: "É como sempre digo, estes gambés são adestrados como cachorros. Este é o procedimento padrão para ganhar o biscoito do treinador ao final da operação." "Gambé" é uma gíria para citar policiais.
Em mais uma publicação, ele fala das atuações da Polícia Militar - desta vez do Estado do Rio Grande do Sul. "PM massacra indígenas no Rio Grande do Sul. Estes porcos seguem fazendo o serviço dos golpistas e do poder.", compartilhou o professor.
O autor das postagens é doutor na área de humanas, servidor na Universidade desde de 2000 com remuneração de cerca de R$19 mil.
Fonte: Catve