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Rádio Costa Oeste
A equipe técnica da Friella esteve em Santa Helena nesta semana para uma reunião com o prefeito em exercício Paulo Julio Vasata, secretários municipais e oito vereadores, quando anunciou como está o andamento do processo de instalação do frigorífico de suínos no município.
A principal preocupação da empresa era quanto a liberação do Ministério da Agricultura e, segundo os representantes, já existe uma sinalização positiva e os analistas do MAPA estão avaliando as plantas e em frequente contato com a direção da empresa para ajustes e mudanças que por ventura possam ser necessárias.
Imediatamente após a liberação da licença, a empresa irá iniciar por conta própria a terraplenagem do terreno para que, no início de 2020, iniciem-se as obras por meio dos incentivos do município: "Queremos deixar o solo preparado até o fim do ano para já nos primeiros meses do ano que vem iniciarmos as construções do frigorífico," relatou João Bandeira, diretor técnico da Friella.
O município, por sua vez, pretende ampliar ainda mais os incentivos que oferece aos suinocultores como forma de incentivar a construção de novas pocilgas nas propriedades rurais para que, paralelamente a edificação do complexo industrial, haja o crescimento do número de chiqueirões oferecendo matéria prima local para o abate: "Os agricultores de Santa Helena que tem interesse em ampliar a atividade ou mesmo iniciar no ramo, já podem correr atrás das documentações e licenças necessárias," alerta Bandeira.
Airton Oberger, secretário de Desenvolvimento Econômico e Associativismo da prefeitura de Santa Helena falou da visita e também da expectativa das obras. (Áudio)
Números
Conforme levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Santa Helena fechou 2018 com 900 mil suínos destinados ao abate, 412 mil leitões para recria, 296 mil reprodutores e 1.600 matrizes. Estes dados comprovam a aptidão do município para a suinocultura e a combinação da Friella com os incentivos da administração municipal irá alavancar ainda mais estes números gerando, sobretudo, renda aos produtores e emprego à população.
Quando na plenitude de abate em quatro anos, a necessidade de suínos dia, atualmente fornecido para o setor só no município, terá mais do que dobrar, observando-se desta maneira, a importância do fomento à suinocultura local e microrregional.
Durante a reunião, também foi discutida a realização de um chamamento público para que o município possa iniciar o atendimento e assistência aos interessados em construir novas pocilgas.
Investimento
A prefeitura vai dispor de até R$32.106,000 (trinta e dois milhões, cento e seis mil reais), composto de uma área de terras rural de até 298.243,86m² (duzentos e noventa e oito mil, duzentos e quarenta e três metros e oitenta e seis decímetros quadrados), localizado na Linha Novo Paraíso.
A empresa disponibilizará de no mínimo R$35.000.000,00 (trinta e cinco milhões de reais) em capital de giro para este empreendimento e deverá também cumprir com um cronograma médio diário de abate de suínos, em um período máximo de quatro anos, a contar do início das atividades, sendo: abate mínimo de 800 suínos no primeiro ano de atividades, abate mínimo de 1.600 suínos no segundo ano de atividades; abate mínimo de 2.400 suínos no terceiro ano de atividades e abate mínimo de 3.200 suínos a partir do quarto ano de atividades.
Deverá ainda, gerar no mínimo 500 empregos diretos, continuamente, priorizando mão de obra local, em até quatro anos, de acordo com a programação de evolução do abate previsto, mas a perspectiva é que sejam gerados até 1.500 empregos diretos.
Fonte: Elder Boff com Inf. Assessoria