Na manhã desta terça-feira (12), o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) realizou operação de busca e apreensão nas Câmaras de Vereadores de Itaipulândia e Santa Terezinha de Itaipu.
As primeiras informações dão conta de que em Santa Terezinha de Itaipu, o Gaeco realizou as buscas nas casas dos vereadores e dos assessores. Ninguém foi preso.
Já em Itaipulândia, dos nove vereadores, oito estavam com a prisão decretada e destes, seis foram conduzidos para o prédio do Gaeco em Foz do Iguaçu, para prestar depoimento.
Além dos vereadores, alguns assessores foram também foram conduzidos. Posteriormente, eles serão encaminhados para a Cadeia Pública Laudemir Neves, em Foz.
Segundo a Polícia Civil, o presidente da Câmara de Vereadores de Itaipulândia não estava em casa no momento da operação.
O motivo da operação seria a farra nas diárias por parte dos vereadores das duas cidades.
Atualização
O único vereador de Itaipulândia que não teve prisão decretada é Roberto Piano.
O presidente, Vilso Nei Serena, não estava em casa no momento em que o Gaeco chegou.
O vereador Claudinei Vieira, ou Nei Boiadeiro, teve a prisão decretada, porém, segundo informações, estaria viajando.
No município, vereadores, assessores e servidos da Câmara foram encaminhados para Foz do Iguaçu.
Vereadores de Itaipulândia conduzidos:
Adolfo Florencio Preis
Diacir Ferreira da Silva
Gelson Lautert
Jair Jose Escher
Marlei Kaefer
Silvani Olivia Groth Mendes
Vilso Nei Serena (Presidente) - Foragido
Claudinei Vieira (Nei Boiadeiro) - Viajando
Roberto Piano - Prisão não foi decretada
Com informações do G1:
De acordo com o próprio Gaeco, 12 mandados estão sendo cumpridos - além dos vereadores, quatro servidores da Câmara foram detidos e outros dois - o contador e o ex-contador da Casa - foram conduzidos coercitivamente a depor no Fórum de São Miguel do Iguaçu.
Todos são acusados de usarem diárias do Legislativo para viagens, estadias e cursos - que, muitas vezes, nem existiam. Os presos foram levados para a sede do Gaeco em Foz do Iguaçu.
O cálculo dos investigadores é de que, em pouco mais de três anos, o grupo tenha causado prejuízo de R$ 700 mil em estadias irregulares.
Na Câmara de Itaipulândia, ninguém foi encontrado para comentar as prisões.
A operação foi deflagrada por volta das 6h30 desta terça-feira e conta com integrantes do Gaeco de várias regiões do Paraná. Os nomes dos envolvidos ainda não foram divulgados pelo Ministério Público (MP-PR).
Em Santa Terezinha de Itaipu, agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos relacionados ao pagamento de diárias em 2013 e 2014. As supostas irregularidades já vêm sendo investigadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR).
A assessoria jurídica da Câmara Municipal de Santa Terezinha de Itaipu informou que está prestando as informações solicitadas pelos agentes do Gaeco, que os servidores estão colaborando com as investigações e que aguarda a conclusão dos mandados para se posicionar sobre o caso.
Fonte: Daiane Staub com informações da Polícia Civil