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Rádio Costa Oeste
Uma menina de 5 anos foi deixada pelo transporte escolar em uma estrada rural a 15 km de onde mora, na tarde de segunda-feira (5). A criança chegou a dizer que ali não era a sua casa e ficou chorando até ser encontrada pelo caseiro da propriedade.
A monitora do transporte escolar admitiu o erro. A prefeitura Motuca (SP) abriu processo administrativo para apurar a conduta da monitora.
Preocupação
A mãe da menina está inconformada e insegura de voltar a usar o transporte escolar.
“Ela passou por muito perigo, em um lugar que não conhecia ninguém, não sabia onde estava. Poderia ter acontecido muita coisa com ela”, afirmou Raquel Vitor Crescêncio.
Segundo Raquel, a monitora admitiu que se enganou. “Ela falou para mim que foi uma falta de atenção da parte dela e que ela nem ouviu a Helena falando que ali que não era a casa dela. Ela me pediu desculpa, mas uma falta de atenção que é inadmissível porque eles estão tomando conta de criança e não tem como não ter atenção com criança”, disse.
A menina foi encontrada pelo caseiro Sebastião Pedroso que a escutou chorando na estrada no fim da tarde. “Se nós não estamos aqui aonde ia essa criança?”, questionou.
Ele levou Helena para o pronto-socorro na cidade, onde o motorista do transporte escolar foi chamado para levá-la para casa. Ela não quer ir mais para a escola com o escolar.
“Eu quero que a minha mãe me leve na escola porque eu tenho muito medo de o transporte fazer isso de novo, ela vem com um monte de criança”, disse a menina.
Processo administrativo
A secretária municipal de Educação, Cristina Sanches, afirmou que a monitora admitiu o erro e foi afastada das funções. Segundo a secretária, não foi observado falha do motorista.
O Conselho Tutelar de Motuca acompanha o caso e vai aplicar as medidas necessárias de proteção à criança, pedir providências à prefeitura e comunicar o Ministério Público. A menina será encaminhada para atendimento psicológico.
A empresa Talles Villela Gamba, que presta o serviço de transporte escolar em Motuca, admitiu, em nota, que houve um engano por parte da monitora ao desembarcar a menina no ponto errado, mas que não houve danos à criança e que os pais entenderam o ocorrido. Informou ainda que irá tomar todas as providências para que o problema não volte a acontecer
Fonte: G1