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Rádio Costa Oeste
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriu mandados de busca e apreensão em Foz do Iguaçu nesta quinta-feira, 8, no âmbito da Operação Quadro Negro. Os alvos da operação foram empresários de construtoras e o objetivo das buscas foi a apreensão de celulares, computadores, documentos ou valores.
Em todo o Paraná foram 14 construtoras investigadas e 17 locais receberam os agentes do Gaeco. Além de Foz do Iguaçu, os policiais estiveram em Cascavel em três locais, Tomazina, em dois, Londrina, dois, Umuarama, dois, Maringá, Pitanga, Realeza, Itaipulândia, Pato Branco, Ponta Grossa e Paranavaí.
A Operação Quadro Negro investiga um esquema de corrupção que consistia no pagamento antecipado de obras em reformas e construção de escolas no estado do Paraná. De acordo com procurador de Justiça Leonir Batisti, havia uma antecipação nas medições, “ou seja, uma falsidade nas medições, que faziam com que uma empresa que tinha feito 15% da obra já estivesse recebendo por 30%, 40%, 50%, o que é ilegal” explicou ele.
O procurador diz ainda que havia um esquema de facilitação para que o empresário recebesse pelo serviço. “Facilitavam para que ele logo recebesse suas contas por serviços já executados, havia uma forma de remover os entraves burocráticos, e facilitavam também os aditivos, cobrança maior em cima da obra, e obviamente não deveriam ser pagos” ressaltou Batisti. Em troca, os empresários beneficiavam os administradores públicos com pagamentos de propina.
Durante as buscas desta quinta-feira, 8, frês pessoas foram presas em flagrante, duas em Tomazina, por posse ilegal de armas, e uma em Pato Branco, por posse ilegal de munição. o trabalho realizado na quarta-feira, 7 de agosto, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão nas cidades de Curitiba, Campo Largo, Cascavel e Castro. Houve ainda quatro prisões em flagrante, na capital (duas por posse ilegal de arma de fogo, uma por posse de munição e outra por desacato).
Fonte: Rádio Cultura Foz