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Rádio Costa Oeste
A Polícia paraguaia prendeu na manhã deste domingo, 18, mais três suspeitos na morte do pecuarista brasileiro Dilson Belo dos Santos, 58 anos. Ele foi sequestrado e assassinado no mês de julho em Capitán Bado, município paraguaio que pertence ao departamento de Amambay e faz fronteira com Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul.
Foram presos Enrique Galeano Barrios, de 29 anos. O suspeito tem antecedentes de roubo, registrado em 2013. Além dele, também foram presos os irmãos Nelson David e Fabio Diosnel Frutos Ovelar. De acordo com o comissário Nimio Cardozo, chefe do departamento antissequestro da Polícia Nacional do Paraguai, as investigações confirmam a participação dos três suspeitos no crime, ocorrido no dia 26 de julho.
Segundo o jornal Última Hora, a prisão aconteceu em Capitán Bado por agentes da Polícia Nacional. O comissário também confirmou ao jornal que um outro suspeito também foi preso, no entanto, ainda não há confirmação de que ele tenha participado do crime.
Com as prisões anunciadas neste domingo, chegam a cinco os suspeitos presos. No dia 28 de julho, outros dois homens foram detidos suspeitos de participação no crime. Naquela ocasião a polícia apreendeu armas e drogas.
O crime
No dia 26 de julho o pecuarista brasileiro, Dilson Belo dos Santos, 58 anos, que tem fazenda em Capitán Bado, foi sequestrado por cerca de 6 homens, junto com a esposa e o filho. Os sequestradores pediram um resgate de 100 mil dólares e, em seguida, liberaram o filho para buscar o dinheiro, no entanto, ele pediu ajuda da polícia, foi quando os homens liberaram a mulher, que é paraguaia e assassinaram Belo.
Guerra na fronteira
Neste ano já foram registrados 88 assassinatos no departamento de Amabay. O número de mortes violentas na região vem aumentando desde o ano passado, quando foram registrados 116 casos. De acordo com autoridades paraguaias, há uma guerra acontecendo pelo controle do tráfico de drogas na fronteira. Pelo menos dois grupos estão brigando pela liderança.
Um é comandado por Sergio da Arruda Quintiliano Neto, conhecido como Minotauro. Ele está preso no Brasil desde fevereiro desse ano, quando foi detido pela Polícia Federal em Balneário Camboriú, porém, de acordo com a polícia paraguaia, ainda dá ordens na região.
O outro grupo é comandado por Jarvis Chimenes Pavão, que também cumpre pena no Brasil. Ele foi preso em 2017.Minotauro teria emitido ordens para que o grupo comandado por Pavão seja eliminado em Amambay.
Em entrevista ao jornal Última Hora, o agente Hugo Volpe, disse que informações de inteligência identificaram um campo de tiro em Pedro Juan e localidades adjacentes onde bandidos são treinados para matar. “Matar é uma fonte de trabalho para eles” destaca Volpe. Sequestros de pecuaristas em Amambay tem sido frequentes.
Fonte: Rádio Cultura Foz