Cerca de 100 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) protestaram contra a violência no campo e a favor da democracia e fecharam a BR-277, em Curitiba, no bairro Orleans, na manhã desta sexta-feira (15), por cerca de duas horas. O grupo é contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Os manifestantes colocaram fogo em pneus e protestaram com faixas e cartazes. O trânsito foi liberado após as 8h. A fila de veículos chegou a oito quilômetros. ??s 8h10, ainda havia lentidão no trecho.
Segundo a assessoria de imprensa do MST, o grupo também manifesta solidariedade às vitimas do episódio que ficou conhecido Massacre de Eldorado dos Carajás, que completa 20 anos neste domingo (17).
O confronto entre integrantes do MST e policiais ocorreu no município de Eldorado dos Carajás, no sul do Pará, quando 1,5 mil sem-terra que estavam acampados na região decidiram fazer uma marcha em protesto contra a demora da desapropriação de terras na rodovia PA-150. A Polícia Militar foi encarregada de tirá-los do local. Além de bombas de gás lacrimogêneo, os policiais atiraram contra os manifestantes. Dezenove campone
Os manifestantes também demonstram solidariedade às famílias dos dois integrantes do MST que foram mortos no confronto com policiais militares ambientais em um acampamento em Quedas do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, no dia 7 de abril.
As versões sobre o ocorrido divergem. O MST afirma que as duas vítimas mortas foram atingidas "pelas costas". O movimento afirma ainda que os sem-terra foram vítimas de uma emboscada feita por policiais militares e por seguranças contratados pela Araupel, empresa de reflorestamento que teve a propriedade invadida em 2014.
Já a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) sustenta que o confronto ocorreu após dois policiais ambientais e um segurança da empresa Araupel seguirem até uma área de mata nativa que foi atingida por um incêndio criminoso.
Fonte: G1