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Farmacêuticos reclamam das letras ilegíveis em muitas receitas médicas no Paraná

Farmacêuticos reclamam das letras ilegíveis em muitas receitas médicas no Paraná

A dificuldade em entender as letras dos médicos nas receitas tem sido reclamação diária de muitos farmacêuticos do Paraná. Para facilitar o entendimento dos profissionais e até mesmo dos pacientes, o Conselho Regional de Farmácia do Estado lançou uma campanha para chamar a atenção dos problemas causados pelas receitas incorretas.

O objetivo da ação é fazer um levantamento das prescrições de medicamentos fora do padrão no Paraná e com isso, chamar a atenção da sociedade e das autoridades para que alguma alternativa seja tomada, como o uso de computadores para prescrever algum medicamento.

A farmacêutica Samantha Nascimento Gomes afirma que até mesmo um grupo no WhatsApp com outros profissionais, foi criado para ajudar a entender o que está escrito nas receitas. (Áudio 1)

Segundo a presidente do Conselho Regional de Farmácia, Mirian Ramos Fiorentin, os farmacêuticos podem ser punidos se venderem medicamentos errados em função da má interpretação da receita, podendo responder criminalmente por crime à saúde. (Áudio 2)

O presidente da Associação Médica do Paraná, Nerlan Carvalho, reconhece que o problema é frequente. Ele justifica que muitas vezes os profissionais escrevem muita coisa durante a faculdade e a caligrafia fica comprometida. (Áudio 3)

De acordo com a última pesquisa do Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências (IOM), feita em 2006, cerca de 7 mil pessoas morrem anualmente nos Estados Unidos em decorrência da má caligrafia apresentada nas receitas médicas.

No Brasil não há dados oficiais que mostrem as consequências das receitas médicas ilegíveis.

Fonte: Band FM