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Rádio Costa Oeste
Após a participação em um edital público de fomento do CNPq, a empresa incubada ao Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Brexbit, recebeu recursos e o apoio técnico para o desenvolvimento de uma solução voltada ao agronegócio. A ideia foi adaptar o Guia de Trânsito Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) à tecnologia blockchain, que garante mais segurança e transparência ao documento. Com essa referência no mercado, a empresa já prospecta clientes em outros estados.
O edital público do CNPq selecionava apenas empresas incubadas com a Certificação Cerne (Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos), que pudessem desenvolver soluções para o mercado agro e foi daí que o sócio-proprietário e desenvolvedor da Brexbit, Cassiano de Oliveira Peres, resolveu tentar. O foco foi trabalhar no projeto do Guia de Trânsito Animal, um documento obrigatório para o transporte de cargas vivas no Paraná, já existente, mas que adaptado à tecnologia blockchain passa a ter mais confiabilidade, evitando riscos de falhas e fraudes.
Com o apoio da incubadora Santos Dumont, do PTI, a Brexbit recebeu recursos do CNPq, no valor de R$ 60 mil em bolsas para o desenvolvimento do projeto. Além disso, esse trabalho com a Adapar possibilitou novos mercados e a empresa já está desenvolvendo uma nova solução, também utilizando blockchain, para rastreabilidade do café, fora do Paraná. Com a tecnologia, é possível traçar toda a origem do produto, desde a plantação até a venda.
“O consumidor final consegue escanear o QR Code (código de barras bidimensional) e saber qual foi a fazenda que produziu o café, quem foi o beneficiador, por onde o produto passou, quem transportou. Todas as etapas de de produção do café ficam registradas e isso dá transparência, garantindo se é um bom produto”, analisa Cassiano.
“O café é uma commoditie muito valorizada, tanto no mercado interno quanto no mercado externo, e oferecer essa transparência e garantia de qualidade ao produto, por meio da blockchain, permite gerar certificações para a marca. Esse trabalho todo que estamos fazendo só foi possível com a Incubadora do PTI. Sem o suporte de gestão do Parque Tecnológico não conseguiríamos”, acrescenta o empresário.
O gerente do Programa de Desenvolvimento de Negócios do PTI, do qual a Incubadora faz parte, Pedro Sella, diz que o apoio prestado para a Brexbit foi tanto na parte mercadológica, de estratégia e de negócios, quanto na participação e inserção da empresa no edital do CNPq “Isso possibilitou não somente a virada da empresa para o mercado agro, como a aproximação de um parceiro importante para o PTI que é o Governo do Estado”, aponta Sella.
Blockchain
Também conhecida como “protocolo de confiança”, a blockchain é uma tecnologia de registro distribuído que visa a descentralização como medida de segurança. São bases de registros e dados distribuídos e compartilhados que têm a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado.
Brexbit
A empresa Brexbit nasceu em 2016, quando foi incubada no PTI, partindo da ideia de dois empreendedores de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. A primeira proposta foi de ser uma empresa de negociação de criptomoeda, como o bitcoin (a mais famosa delas). Com o tempo, os sócios foram estudando a tecnologia blockchain, até se inscreverem no edital de fomento do CNPq e desenvolverem uma solução para o Governo do Paraná. Atualmente, a Brexbit desenvolve projetos no Paraná, e perspectivas de expandir para São Paulo e outros mercados do país.
Fonte: Assessoria PTI