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Rádio Costa Oeste
O valor da tarifa dos pedágios do Paraná não será reajustado a partir do dia 1° de dezembro conforme prevê o contrato de concessão de rodovias. De acordo com a Agência Reguladora de Serviços Delegados do Paraná (Agepar), o Conselho Diretor do órgão deve se reunir somente no dia 03 de dezembro para deliberar sobre a homologação ou não dos novos valores.
Ainda segundo a Agepar, a agência recebeu a documentação do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) na segunda-feira (25) e informou que tem até cinco dias úteis para definir sobre a autorização. Diante disso, os motoristas que passarem pelas praças de pedágio do Anel de Integração durante esse período continuam pagando o valor antigo. A Agepar informou que não há um motivo específico para o atraso no reajuste.
A demora também não tem relação com a redução nas tarifas em três concessionárias (Rodonorte, Ecovia e Ecocataratas), que recentemente fecharam acordos de leniência e baixaram os valores cobrados nas praças em 30%. Já sobre a BR-369 e PR-323, no norte Pioneiro, que são de responsabilidade da concessionária Econorte, e que não firmou acordo de colaboração com a Justiça, os deputados paranaenses pedem a suspensão do aumento da tarifa do pedágio.
O requerimento foi aprovado pelos parlamentares da Assembleia Legislativa e encaminhado ao governador Ratinho Junior e ao secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex. O pedido foi feito pelos deputados Luiz Claudio Romanelli (PSB), Cobra Repórter (PSD) e Tercílio Turini (PPS). De acordo com Romanelli, o pedido de suspensão se deve ao fato de os valores praticados pela Econorte serem os mais altos das rodovias do Anel de Integração do Paraná. (Áudio 1)
As três praças de pedágio de responsabilidade da Econorte estão instaladas nas rodovias BR-369 e PR-323, e, atualmente, praticam os seguintes valores: em Jataizinho o valor do pedágio é de R$ 23,70 para automóvel; em Jacarezinho é de R$ 21,90 e em Sertaneja o preço para carros é R$ 20,40. A duplicação da PR-323, entre Maringá e Francisco Alves, já foi alvo da Operação Lava Jato. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a licitação para a obra foi feita para favorecer a construtora Odebrecht.
Segundo a denúncia, a empreiteira pagava propina a agentes públicos e privados no Paraná em contrapartida ao direcionamento do processo. Diante disso, para o deputado Luiz Claudio Romanelli, não se pode penalizar ainda mais os usuários com um novo reajuste a partir do mês de dezembro. (Áudio 2)
O governo do Estado informou que vai aguardar o posicionamento da Agepar em relação ao reajuste das tarifas de pedágio no Paraná.
Fonte: Band FM