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Nova doença da soja preocupa técnicos e agricultores do Oeste do Paraná

Nova doença da soja preocupa técnicos e agricultores do Oeste do Paraná

O nematoide da haste verde, causador da Soja Louca II, já foi identificado há dez anos, porém na atual safra se espalha por lavouras do Paraná. Nas lavouras de soja, há registro de que pode causar reduções de até 100% na produtividade. Neste ano a Embrapa lançou a Circular Técnica 147 sobre a doença, que causa abortamento de flores e vagens, enrugamento e escurecimento das folhas.

O nematoide da haste verde predomina em regiões quentes e chuvosas como os estados do Mato Grosso, Pará, Maranhão, Tocantins, Amapá e com registros recentes no Paraná, especialmente na região oeste.

De acordo com técnico da Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná – Biolabore Juliano Casagrande que atende o município de Palotina através do contrato entre Itaipu Binacional, o município de Palotina e Biolabore, pelo programa de desenvolvimento rural sustentável, a doença é invisível a olho nu, com alto poder de destruição. Os sintomas são a deformação foliar, com afilamento e engrossamento das nervuras. A doença impede a formação das vagens e a finalização do ciclo produtivo. Ela se instala no ponto onde a planta vai formar o ramo onde ficam as vagens.

O Aphelenchoides Besseyi, conhecido mundialmente como um patógeno que afeta as culturas do arroz, do morangueiro e de algumas plantas ornamentais, nunca foi problema para a soja e o algodão e, em função da sua menor expressão econômica sobre culturas agrícolas quando comparado aos nematoides-de-galha, de cisto e das lesões radiculares, esses nematoides eram pouco estudados, segundo os pesquisadores Maurício Meyer, da Embrapa Soja, e Luciany Favoreto, da Epamig Oeste.

Segundo o técnico da Biolabore, Juliano Casagrande, não se tem disponível, produtos nematicidas para o controle específico deste nematoide e nem material, ou seja, variedades de soja resistentes. O que tem sido feito é identificar e orientar os agricultores quanto às boas práticas e manejos agrícolas, como manter a lavoura livre de plantas invasoras, principalmente as que são hospedeiras, fazer rotação de culturas e não sucessão de cultura como tem sido feito soja e milho, solo descompactado e manejar a fertilidade. Outras práticas e alternativas com bons resultados são o uso de microrganismos eficientes e medicamentos homeopáticos, conforme destaca Casagrande.

Fonte: Assessoria