O Tribunal de Justiça do Paraná determinou nesta quarta-feira (20) que os oito vereadores presos em Itaipulândia no oeste do estado, retornem aos cargos. Eles foram detidos em caráter temporário e permanecem na cadeia, aguardando o fim do prazo, que se encerra na quinta-feira (21).
Apenas um dos nove vereadores não foi preso. Devido à situação, ele acabou assumindo a presidência da Câmara e empossou os suplentes para os cargos que estavam vagos. De acordo com a decisão do TJ-PR, os titulares devem ser reempossados. A Corte avaliou que a manutenção dos salários dos vereadores presos e dos suplentes causaria um gasto muito grande para o município.
A decisão foi tomada em caráter liminar e cabe recurso, por parte do Ministério Público do Paraná. Até lá, os suplentes que assumiram devem ficar sem os cargos.
A investigação
Os suspeitos são investigados por supostas irregularidades no uso de diárias pagas para viagens, estadias e cursos - que, muitas vezes, nem existiam. Além dos legisladores, quatro servidores da Câmara foram presos temporariamente e outros dois - o contador e o ex-contador da Casa - conduzidos coercitivamente a depor no Fórum Estadual de São Miguel do Iguaçu.
O cálculo dos investigadores é de que, em pouco mais de três anos, o grupo tenha causado prejuízo de R$ 700 mil em estadias irregulares. "Estes valores chamaram nossa atenção e a partir daí fizemos um levantamento e foi constatado que de fato os servidores e os vereadores estavam recebendo dinheiro público para não irem ou irem de forma incompleta para os cursos que eram ofertados", comentou o promotor Fernando Cubas Cesar. As investigações tiveram início em julho de 2015.
Fonte: G1