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Rádio Costa Oeste
O Paraná garantiu investimentos de pelo menos R$ 1,5 bilhão em quatro aeroportos do Estado – Afonso Pena, Bacacheri, Londrina e Foz do Iguaçu – que serão privatizados pelo governo federal. O anúncio foi feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior após reunião com o secretário nacional da Aviação Civil (SAC), Ronei Saggioro Glanzmann, em Brasília (DF), na terça-feira (11).
As obras são para que os terminais subam de categoria e constarão no contrato de concessão, previsto para valer por 30 anos. Segundo o Ministério da Infraestrutura, o leilão deve ocorrer até o final deste ano. Os aeroportos paranaenses integram o bloco Sul do processo, ao lado dos terminais de Navegantes (SC), Joinville (SC), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS).
Ratinho Junior destacou que os estudos para a concessão estão em fase final e que os investimentos serão detalhados pela União em audiência pública em março. “Serão muitas ações que vão fazer com que os quatro aeroportos mudem de categoria, passando a ter capacidade muito maior para pousos e decolagens, recebendo aeronaves maiores”, afirmou o governador. “Além disso, estão previstas modernizações nas áreas de embarque e desembarque e também em tecnologia”, acrescentou.
Ratinho Junior ressaltou a importância das intervenções no sistema aeroportuário para a atração de investimentos e turistas ao Estado. Ele também destaca as ações realizadas pelo governo estadual para oferecer novas opções de deslocamento aéreo para cidades do interior com o Programa Voe Paraná.
CURITIBA – O governador disse que entre as exigências contratuais para a privatização que o Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), constam novos equipamentos de segurança, garantindo também voos em condições climáticas desfavoráveis. “Curitiba ficará no mesmo patamar de Guarulhos, que hoje é o principal aeroporto do País”, destacou Ratinho Junior.
Secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex também participou da reunião na Secretaria da Aviação Civil. Ele reforçou que o Afonso Pena passará, após a concessão, a operar na categoria 4E “sem restrições”. Ou seja, com capacidade para receber um voo Miami-Curitiba sem escalas. “Permitirá aeronaves maiores, capacidade maior e maior volume de passageiros”, explicou.
De acordo com o secretário, a mudança de categoria independe da construção ou não de uma terceira pista no terminal de São José dos Pinhais. “Quem vai decidir isso é a empresa que ganhar a concessão. Ela terá de ampliar a capacidade e mudar o aeroporto de categoria. Pode ser com a terceira pista ou ampliação da segunda. Cumprindo o contrato, isso independe”, ressaltou Sandro Alex.
O secretário lembrou ainda que, pelo acordo com o governo federal, o Afonso Pena passará a operar o ILS3 full, sistema de aproximação por instrumentos que dá uma orientação precisa ao avião que esteja na fase de aproximação final da pista. O Bacacheri, de acordo com Sandro Alex, receberá melhorias que permitirão decolagens de aviões comerciais maiores e mais modernos, como o modelo ATR42.
FOZ DO IGUAÇU – As melhorias no terminal de Foz do Iguaçu já estão em andamento mesmo antes de o aeroporto ser concedido à iniciativa privada, destacou o governador Ratinho Junior. O processo de ampliação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional das Cataratas já começou.
Custará R$ 53,9 milhões e ficará pronta em 2021. A modernização foi incluída no pacote de investimentos da Itaipu Binacional e da Infraero a pedido do governador Ratinho Junior, em agosto do ano passado.
O Diário Oficial da União (DOU) publicou neste mês o extrato do contrato da licitação do projeto executivo e das obras e serviços. O prazo de execução é de 515 dias a partir da assinatura da ordem de serviço, que deve ocorrer ainda neste mês. A publicação formaliza os termos da licitação.
“Trabalhamos muito por essa conquista. Queremos aproveitar o bom momento de Foz do Iguaçu em tudo o que diz respeito ao turismo”, ressaltou o governador.
A pista do Aeroporto Internacional das Cataratas tem 2.195 metros de comprimento por 45 metros de largura, e é considerada curta para decolagem de voos de longa distância. Hoje não é possível decolar com o tanque cheio, o que impossibilita voos diretos para os Estados Unidos e a Europa.
A nova pista terá 2,8 mil metros, 605 metros a mais que a atual. Além disso, será aplicada uma camada de revestimento de Stone Matrix Asphalt (SMA), que dá ganho de performance de 20% às aeronaves, o que permite autonomia de voos para locais como Miami, Nova York, Lisboa e Madri.
As obras incluem, ainda, melhorias na área de check-in, ampliação das salas de embarque e desembarque, implantação de escadas rolantes, carrosséis de bagagem, novos elevadores e quatro pontes de embarque (fingers). Esse conjunto deve aumentar a capacidade do aeroporto de 2,6 milhões para 5 milhões de passageiros ao ano.
LONDRINA – Ficou definido ainda que o aeroporto de Londrina será modernizado e ampliado, com mais segurança e tecnologia para os passageiros. Entre as intervenções, está a instalação do ILS1. “Passará a operar por instrumentos e com precisão, o que hoje não acontece em Londrina”, afirmou Sandro Alex.
Fonte: AEN