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Rádio Costa Oeste
A população carcerária triplicou entre 2000 e 2019, segundo mostram dados divulgados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. O estudo informa que, no ano 2000, estavam presas pouco mais de 230 mil pessoas. Em 2019, este índice saltou para mais de 770 mil pessoas.
O doutor em sociologia e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Marcos Rolin, explica porque os números cresceram tanto. (Áudio abaixo)
O levantamento mostra a falta de estrutura para receber a população carcerária. O levantamento da série histórica começou a ser feito no ano 2000 e a época o Brasil já registrava mais de 230 mil presos, embora o número de vagas existentes nas carceragens, fosse de apenas 135 mil. Até junho do ano passado era um pouco mais de 460 mil vagas para abrigar os quase 800 mil detentos.
A taxa de aprisionamento, índice que mede a quantidade de pessoas presas a cada grupo de 100 mil habitantes, saltou de 61 em 1990, para 367 no primeiro semestre de 2019.
O levantamento aponta ainda que a maior parte da população carcerária está presa por envolvimento com drogas, uma fatia que representa 39,42% do total. Os crimes contra o patrimônio, como o roubo, aparecem em segundo lugar, com 36,74%. Em seguida, vêm os crimes contra a pessoa (11,38%), contra a dignidade sexual (4,3%), contra a paz pública (1,54%), entre outros.
Fonte: ARW