Depois de permanecer vários anos fora dos cinco maiores produtores de soja, o Paraguai deslocou a Índia desse grupo, de acordo com o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Isso se deve principalmente aos bons rendimentos que a campanha agrícola 2019/2020 está lançando, mas outros fatores também influenciam.

“Aqui muito vale a pena em toda a cadeia comercial, podemos atribuir primeiro o aumento dos rendimentos à incorporação de tecnologia de ponta, graças à pesquisa, treinamento constante dos produtores e, principalmente, também ao sistema produtivo que temos no Paraguai que é um sistema produtivo sustentável, que cuida do meio ambiente com o uso da semeadura direta'', disse a assessora de comércio exterior da câmara de exportação e comercialização de cereais Sonia Tomassone.

"Obviamente, o fator climático também é importante, mas vale a pena para toda a cadeia comercial e, principalmente, para os produtores ”, argumentou Sonia.

 Embora os Estados Unidos projetem uma boa colheita no território paraguaio com 9,9 milhões de toneladas, os sindicatos excedem essa expectativa com pelo menos 100.000 toneladas a mais, enquanto o governo fala de até 11 milhões de toneladas em uma área de plantio de Pelo menos 3.600.000 hectares.

Quanto à classificação que leva em consideração o volume de exportações, o país permanece em quarto lugar, depois do Brasil, Estados Unidos e Argentina. Segundo Tomassone, como a diferença com o país vizinho é tão grande, é difícil alcançá-la, pois a diferença é de quase 30%.

Um evento anedótico representa 2017, quando o Paraguai conseguiu ser o exportador do terceiro mundo, mas esse comportamento se deveu às “más políticas do governo argentino com a imposição de impostos sobre exportações e outras restrições”, detalhou o consultor da Capeco.

Preços

Até agora, a safra de soja produz um rendimento superior a 3.500 kg. por hectare, mas ainda não há uma média total, porque o trabalho será estendido até março devido ao atraso no plantio. Enquanto a colheita continua com sucesso, a preocupação é focada nos baixos preços das matérias-primas no mercado internacional.

 “Atualmente, os preços são de US $ 331,81 por tonelada. Isso é descontado: custo de processamento, frete interno, custo de desembarque e embarque em portos, frete fluvial, seguros, prêmios em portos marítimos de compradores, impostos, taxas e tarifas ”, explicou o presidente do Coordenador Agrícola do Paraguai, Cristi Zorrilla.

No mesmo ponto, Tomassone comentou que, neste momento, os contratos de venda de soja são assinados em 30% e alertou que, no momento, não eram esperados melhores preços durante o ano.

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Fonte: Canindeyu