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Rádio Costa Oeste
O ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, fez na tarde desta sexta-feira (28) a sua primeira visita ao canteiro de obras da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, que vai ligar Foz do Iguaçu (PR) a Presidente Franco. Ele estava acompanhado do diretor-geral brasileiro de Itaipu, Joaquim Silva e Luna, e do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior.
De acordo com o ministro, a obra será importante para impulsionar o comércio e fortalecer as relações bilaterais entre Brasil e Paraguai. “Acho que o Paraguai é um grande parceiro, que vem crescendo muito, e obviamente, quando você coloca um equipamento deste nível, facilita a integração”, afirmou.
Ainda segundo Freitas, a integração regional sul-americana faz parte da política de transportes do governo federal e os investimentos no setor beneficiam ambos os lados da fronteira. “É uma relação de ganha-ganha. Quanto mais próximos estivermos dos irmãos paraguaios, melhor.”
O ministro esteve na cidade para inaugurar a ampliação e melhorias do Aeroporto Internacional e aproveitou para verificar o andamento das obras na nova ponte, na margem brasileira do Rio Paraná, ao lado do Marco das Três Fronteiras. A infraestrutura está sendo construída com recursos de Itaipu.
O ministro destacou que as obras estão correndo dentro do cronograma previsto e agradeceu a parceria com a binacional e o governo do Estado. “A gente pode ver os corações da obra começando a bater, que são as concretagens dos blocos”, declarou Freitas, que elogiou o andamento dos trabalhos. “As obras estão indo bem, dentro do esperado, em direção ao cumprimento do cronograma.”
Ainda de acordo com o ministro, a nova infraestrutura é um compromisso assumido pelo presidente Jair Bolsonaro logo que assumiu o cargo, há pouco mais de um ano, e só saiu do papel graças ao empenho dos governos federal e estadual, Dnit e Itaipu.
Para o governador Ratinho Júnior, obras como a nova Ponte entre Brasil e Paraguai ajudam a transformar o Paraná num dos Estados mais modernos do País, com condições de competitividade e conectividade sem igual. "Essa é uma obra extremamente complexa e importante para o Paraná, Brasil e Paraguai. É importante registrar que a discussão e o planejamento para a execução desse projeto já existem há muitos anos, porém, há menos um ano nós o tiramos do papel ao lado da Itaipu, governo federal e o governo do Estado, que tem a responsabilidade de fazer a gestão dessa obra, junto ao Dnit e DER”, afirmou.
Ratinho Júnior acrescentou que “o Paraguai é um país irmão, que possui uma relação comercial muito forte com o Brasil”. “Com o Paraguai indo bem, o Paraná também vai, e vice-versa. Essa obra vai ajudar em logística e em segurança pública, pois teremos um sistema de fronteiras mais organizado, com uma fiscalização mais apropriada na luta contra o contrabando”, finalizou.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, justificou o apoio da Itaipu às obras que vão mudar Foz do Iguaçu e região.
“Além de gerar energia elétrica de qualidade, também faz parte da missão da Itaipu impulsionar o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai, por isso entendi, junto com a minha diretoria, que deveríamos investir naquilo que deixasse legado”, afirmou. “Queremos que o cidadão comum perceba com facilidade onde o dinheiro está sendo aplicado e, por isso, investimos em obras estruturantes, como esta ponte, o aeroporto e tantas outras, inclusive, agora, a duplicação da BR 469”.
A nova ligação entre Brasil e Paraguai começou a ser construída em agosto de 2019, com recursos da margem brasileira da binacional. Serão investidos R$ 463 milhões no projeto, dos quais R$ 323 milhões na ponte e R$ 140 milhões para a Perimetral Leste, que dará acesso aos motoristas à BR-277. O prazo de execução é de três anos.
A nova estrutura terá 760 metros de comprimento e vão-livre de 470 metros, com duas torres de 120 metros de altura. A pista será simples, com 3,7 metros de largura de cada lado, acostamento de 3 metros e calçada de 1,70 metro.
O engenheiro Osman Bove, gerente de contrato do Consórcio Construbase-Cidade-Paulitec, disse que aproximadamente 12% das obras da nova ponte já foram executadas. Os trabalhos estão mais avançados na margem brasileira – houve problemas burocráticos para envio de equipamentos e materiais para a margem paraguaia, já superados. “A previsão de entrega da obra é março de 2022 e estamos trabalhando para atender a esse prazo”, afirmou.
A nova ponte entre Brasil e Paraguai é uma antiga reivindicação. Além de fortalecer o comércio bilateral, terá papel importante para desafogar o trânsito de veículos pesados na Ponte da Amizade, hoje a única ligação entre os dois países sobre o Rio Paraná.
A produção de energia e os investimentos em grandes obras de infraestrutura são o foco da atual gestão de Itaipu, que assumiu a empresa há um ano e adotou uma política de austeridade e readequação orçamentária. Cortes em convênios e patrocínios sem aderência à missão da empresa permitiram uma economia superior a R$ 600 milhões, que estão sendo redirecionados para os novos projetos.
Além da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, Itaipu anunciou investimentos no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu (ampliação da pista de pousos e decolagens e do pátio de manobras), reforma e ampliação do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), construção de um novo hemonúcleo, construção do Mercado Municipal, obras viárias, entre outras.
Ainda nesta sexta-feira, também foi anunciada a duplicação de um trecho de 8,5 quilômetros da Rodovia das Cataratas (BR-469), entre o trevo da Argentina e o portão do Parque Nacional do Iguaçu. O investimento será de aproximadamente R$ 135 milhões – 70% financiados pela Itaipu e 30% pelo governo do Estado. A previsão é que a obra esteja concluída até março de 2022.
Fonte: Assessoria Itaipu Binacional