106,5 FM
Rádio Costa Oeste
Ao menos 2.948 casos de dengue estão confirmados nos 18 municípios da área de abrangência da 20ª Regional de Saúde de Toledo. O quadro mais grave ocorre em Guaíra, onde, segundo números da Regional, há 1.611 casos confirmados da doença. A Secretaria Municipal de Saúde de Marechal Cândido Rondon divulgou no fim da tarde de sábado (29), apontam 481; na noite de quinta-feira eram 446 casos positivos de acordo com a Secretaria Municipal.
Apesar do índice da Regional ser considerado o oficial, os números podem ser maiores em vários municípios, uma vez que o boletim é divulgado semanalmente em nível regional e estadual, contudo nos municípios a atualização ocorre diariamente.
PARANÁ
No Paraná, conforme a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), há 34.905 casos confirmados da doença, 8.213 casos a mais que a semana anterior. No total, são 95.927 notificações registradas para dengue em 329 municípios. O boletim atualizado aponta 92 cidades em situação de epidemia e 46 em alerta no Paraná. Está confirmado, ainda, que 74 municípios apresentam casos de dengue com sinais de alarme e 26 revelam casos de dengue grave.
PREOCUPANTE
Em entrevista, o diretor da 20ª Regional de Saúde, Alberi Locatelli, destaca que sete dos 18 municípios da Regional estão em epidemia. São eles: Assis Chateaubriand, com 113 casos; Guaíra (1.611); Marechal Rondon; Ouro Verde do Oeste, com 77; Palotina, com 135; Quatro Pontes, com 327; e Tupãssi, com 103. Ele alerta que os municípios de Maripá, Mercedes, Pato Bragado, Santa Helena e Terra Roxa podem decretar epidemia de dengue nos próximos dias em virtude do grande número de notificações.
“O quadro paranaense é bastante preocupante pelo número de casos aumentarem consideravelmente a cada semana. Na nossa regional a situação também se mostra grave, com quase três mil casos confirmados, sendo que apenas dois municípios (Entre Rios do Oeste e São José das Palmeiras) não registram nenhum caso. Porém, outras cidades podem entrar em epidemia já na próxima semana”, frisa.
Locatelli enaltece ser fácil mapear e verificar locais com maior incidência de dengue em forma de bloqueio, todavia, pontua, o trabalho se torna difícil quando se trata de mudar o modo de agir da população. “Neste momento é importante a conscientização da população para remover criadouros no seu lote e na sua casa. Outra questão é o rápido crescimento pela dificuldade de leitos, pois a procura é grande nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), contudo quando agrava necessita de leito hospitalar devido às inúmeras doenças existentes. Hoje ainda conseguimos atender com normalidade”, alerta.
Conforme ele, o fato do Paraguai também estar vivendo número considerável de casos de dengue inuencia no aumento de casos na região, devido à proximidade. “As pessoas se deslocam muito até lá e de um município ao outro, o que possibilita ao infectado ‘criar’ uma cadeia de transmissão”, expõe.
Em relação ao inseticida utilizado nos fumacês, o diretor da Regional diz que houve atraso no recebimento do produto, o qual chegou com quantidade insuficiente para atender a demanda dos municípios. “No início do mês deve chegar outro inseticida com eficácia ainda maior para substituir o fumacê”, adianta.
Locatelli reitera que a melhor forma de prevenir a dengue é eliminando os criadouros do mosquito. “O fumacê elimina o mosquito, mas os ovos viram mosquitos na primeira chuva. As pessoas devem verificar plantas, a exemplo de bromélias, calhas, poços, respiro de fossas e locais que armazenam água; tudo isso deve ser eliminado. Essas tarefas devem ocorrer o ano todo, não só em época de epidemia, pois se fizermos isso algumas vezes por semana não haverá epidemia”, destaca, acrescentando: “na nossa região não há caso de zika vírus (doença também transmitida pelo Aedes aegypti), mas tão logo haja suspeita o cidadão precisa se dirigir a uma unidade de saúde para ser examinado e em seguida tomar os cuidados necessários”.
Fonte: O Presente