O milho é a segunda principal cultura em importância econômica para o estado. Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) em 2019, o estado cultivou 2,6 milhões de hectares com a cultura do milho e obteve uma produção estimada em 13 milhões de toneladas. Em 2019 o Paraná se tornou o segundo maior exportador, com 3 milhões de toneladas exportadas, o restante foi destinado ao consumo interno.

A estiagem dos últimos meses na região Oeste tem dificultado o plantio e o desenvolvimento do milho safrinha. De acordo com os dados da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), a região de Medianeira registrou em 2019 o menor índice de chuvas dos últimos 20 anos, com apenas 1.244 milímetros.

No mês de fevereiro Foz do Iguaçu teve apenas 88 mm de chuva, no mesmo período do ano passado (2019) choveu cerca de 220mm.

O engenheiro agrônomo do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER, Max Sander Souto, comentou que todas as cultivares estão sofrendo com a estiagem prolongada. Porém, algumas plantas estão emergindo até a sexta folha expandida (V6) mesmo com dificuldade. Ouça o áudio abaixo.

Segundo o engenheiro, alguns produtores optaram por fazer o plantio do milho logo após a colheita da soja, mas em boa parte da área o produtor optou por não plantar, ainda não é possível quantificar.

Max destacou que o produtor deve ficar atento quanto às pragas na transição da soja para o milho. Um exemplo é o percevejo-marrom, muito agressivo na cultura da soja, e que na falta de alimento ataca a lavoura de milho safrinha. Apesar do tratamento das sementes o monitoramento na lavoura é de extrema importância para o controle da população dos percevejos.

Outro agravante é a presença da cigarrinha do milho. De acordo com a Adapar, algumas lavouras da safrinha de milho 2019 cultivadas na região Oeste, sofreram perdas significativas em sua produtividade por problemas fitossanitários.

Fonte: Tatyelle Schunemann